Publicado em 1 de abril de 2023 por Tribuna da Internet
Diego Gimenes
Veja
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, encerrou na noite da última sexta-feira, 31, a fase de coleta de provas de um processo que pode deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível. Com isso, o caso que pode selar o destino político do ex-mandatário entra na fase final, com a abertura de prazo para a defesa e o Ministério Público Eleitoral.
Na sequência, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já pode agendar a data do julgamento que vai analisar se Bolsonaro cometeu crime ao convocar embaixadores em julho passado para colocar em dúvida a lisura do processo eleitoral brasileiro, sem apresentar provas.
BRAGA É CO-RÉU – O ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, então candidato a vice de Bolsonaro, também é alvo da ação. O ex-presidente e Braga têm criticado as ações do TSE e dito que não há motivos para o tribunal condená-los.
A ação de investigação judicial eleitoral foi proposta pelo PDT e acusa Bolsonaro e Braga Netto de prática de abuso de poder político e de uso indevido dos meios de comunicação.
Responsável pelo andamento de processos desta natureza, o ministro Benedito Gonçalves entendeu que o “rico acervo probatório” cumpriu a finalidade da fase de coleta de provas. “Foram realizadas cinco audiências e requisitados todos os documentos, inclusive procedimentos sigilosos, relacionados aos fatos relevantes para deslinde do feito”, diz um trecho do despacho.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Bolsonaro ainda responde a outros 15 processos na Justiça Eleitoral, como o suposto envolvimento em milícias digitais e na disseminação de fake News, mas não poder ser condenado pelo “conjunto da obra”. A ação principal é que está mais adiantada, e teve como motivo reunião de embaixadores estrangeiros que Bolsonaro convocou para denunciar as urnas eletrônicas. (C.N.)