Como ficou confortável nas atuais circunstâncias escantear o funcionalismo público e deixá-lo literalmente na rua da amargura, para presidir um país ou governar um estado-membro sem a preocupação de dar aumento anual ou repor valores defasados nos salários de seus servidores. De uns anos para a cá a culpa do país não dar certo passou a ser atribuído ao gigantismo da dívida da Previdência Social uma conta que não fecha no Orçamento Público.
Só que os entendidos da área econômica e os políticos sempre omitiram a verdade do porquê deste “rombo”cuja causa não pode ser debitada aos funcionários e nem na diferença salarial entre estes e os empregados da iniciativa privada. Argumento pífio que enganou a opinião pública. Por quê ? Porque o funcionário desconta rigorosamente para a previdência um percentual fixo mensal (14 por cento) independente do valor de seu ganho bruto. Lembrando que o desconto continua recaindo sobre os proventos de aposentadoria e depois sobre a pensão do cônjuge ou de quem de direito. Portanto o “desconto” da previdência que seria para o funcionário poder receber sua aposentadoria, tornou-se um gatilho que é acionado mesmo após a sua morte.(Edson Vidal Pinto)