segunda-feira, novembro 28, 2022

Seis caminhões da empresa de Maggi são alvo de tiros em área de bloqueio no Pará

Publicado em 28 de novembro de 2022 por Tribuna da Internet

No Pará, tiros atingem caminhões de empresa de ex-ministro ligado a Lula

Os caminhões estavam na BR-163, onde há manifestações

Luísa Marzullo
O Globo

Seis caminhões da Amaggi, empresa do ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), foram atingidos por tiros na manhã deste domingo na BR-163, na região de Novo Progresso, no interior do Pará. Os autores seriam apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que se organizavam em um bloqueio antidemocrático na rodovia motivado pela vitória de Lula (PT). Maggi declarou apoio ao petista na disputa.

A Polícia Militar do Pará foi acionada para o trecho por volta das 11h de domingo. O local, há cerca de 81km do Centro de Novo Progresso, tem sido palco de atos bolsonaristas desde o último dia 30. No total, seis veículos foram alvejados. A Amaggi, em nota, afirma que um dos caminhões ficou sem a possibilidade de prosseguir viagem. De acordo com a PM, não houve vítimas.

Tiros atingem caminhões de empresa de ex-ministro ligado a Lula em área de  bloqueio bolsonarista - Estadão

Tiro furou a carroçaria do caminhão

SEM FERIDOS – A empresa de Maggi também confirmou que os caminhões pertencem à frota e que os danos foram apenas materiais, sem motoristas feridos. Ainda segundo a Amaggi, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada logo após o ocorrido. A PRF foi procurada, mas ainda não retornou o contato. O espaço permanece aberto.

Ex-governador do Mato Grosso, Blairo Maggi declarou apoio a Lula logo no primeiro turno. Durante a disputa contra Bolsonaro, o ex-ministro da Agricultura do governo de Michel Temer representou um importante apoio ao petista no setor do agronegócio, onde o presidente eleito enfrentava dificuldade de articulação. Na indústria, ele é conhecido como “rei da soja” por ser um dos maiores exportadores do alimento no mundo.

Maggi também foi apoiador da campanha ao senado em MT de Neri Geller, também do PP. O político, no entanto, teve sua candidatura indeferida por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em setembro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A que ponto chegamos… Sem comentários. (C.N.)