domingo, agosto 28, 2022

STF e Congresso não funcionam na véspera do Sete de Setembro, para “esvaziar” a Esplanada

Publicado em 28 de agosto de 2022 por Tribuna da Internet

Mídia internacional sobre o desfile militar de Bolsonaro: 'República de  bananas'

Charge reproduzida do The New York Times

Igor Gadelha
Metrópoles

O Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional decidiram adotar ponto facultativo para os seus servidores no dia 6 de setembro, véspera do desfile cívico-militar do 7 de Setembro em Brasília. A informação foi confirmada à coluna pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e pela assessoria de imprensa do Supremo.

A medida atende a recomendação de integrantes do governo do Distrito Federal, que fizeram o pedido a todos os órgãos públicos localizados em Brasília.

FECHAR A ESPLANADA – A ideia, segundo apurou a coluna, é reduzir a circulação de pessoas para tentar fechar a Esplanada dos Ministérios mais cedo na véspera do dia do desfile cívico-militar.

O governo do Distrito Federal também fez a recomendação ao Ministério Público Federal, mas o procurador-geral da República, Augusto Aras, ainda resiste a adotar o ponto facultativo.

A expectativa no governo do DF é de que o Palácio do Planalto não siga a sugestão e mantenha o expediente normal na véspera do feriado de 7 de Setembro, quando haverá o desfile militar e o presidente Bolsonaro fará um pronunciamento à nação.

ITAMARATY CONVIDA… – O Ministério das Relações Exteriores publicou, em seu boletim interno, uma mensagem chamando seus servidores a participarem do desfile cívico-militar de 7 de Setembro deste ano em Brasília.

No informe, a pasta diz que “servidores do Itamaraty podem pleitear vagas nas arquibancadas do desfile” e que, para isso, precisavam manifestar a intenção por e-mail. O órgão informou também que cada “servidor ativo” teria o direito a chamar até 10 convidados, bastando, para isso, informar dados como nome completo, CPF, e-mail e telefone.

Nos bastidores, diplomatas dizem não ser usual o Itamaraty incentivar a participação de seus servidores nos desfiles, sobretudo neste ano, quando haverá eleições. O boletim foi enviado no mesmo dia em que o chanceler Carlos França almoçou com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio de Oliveira, para discutir as “sugestões” dos militares para a urna eletrônica.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O objetivo é óbvio. Para evitar que haja arquibancadas vazias no desfile, o governo tenta enchê-las com seus próprios servidores. Apenas isso. (C.N.)