O governador da Bahia, Rui Costa (PT), explicou o que motivou a representação assinada por ele e os outros oito governadores do Nordeste contra a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo. A representação foi feita ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por conta de duas requisições que eles e os demais governadores do país receberam.
"O tom deles [dos documentos] não condiz com a postura de alguém que quer, de forma isenta, obter informações", disse Rui, em entrevista à Globonews, na manhã desta sexta-feira (30).
Segundo o baiano, o primeiro requerimento foi relacionado à vacinação, questionando os números de vacinas aplicadas em comparação com o número distribuído pelo Ministério da Saúde. Os governos estaduais recebem essas doses, mas as repassam às prefeituras, já que, como destacou o petista, "quem vacina são os municípios brasileiros".
"O segundo documento faz referência ao porquê os hospitais de campanha foram desativados, alguns em outubro, novembro do ano passado, já que a Covid-19 não tinha acabado". Sobre esse ponto, o governador ressaltou que houve uma desaceleração nos índices da pandemia no final de 2020, sendo assim, estados e municípios não poderiam manter unidades extras em funcionamento sem ocupação. "Imagine o escândalo se tivéssemos pago os leitos vazios", afirmou.
Para Rui, a carta enviada por Lindôra faz um juízo de valor pela decisão, então os governadores decidiram reagir. De acordo com o jornal O Globo, na representação, eles pedem que o CNMP abra um procedimento administrativo contra a subprocuradora-geral e pedem que ela seja afastada do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Covid-19 (Giac), ligado ao Ministério Público Federal (MPF).
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