terça-feira, fevereiro 23, 2021

LBA, uma sigla que faz falta no combate urgente à miséria, sobretudo em tempo de pandemia

 Publicado em 23 de fevereiro de 2021 por Tribuna da Internet

NãoAoPEC241: Proposta golpista tira 54% da verba da assistência social e  atingirá os mais pobres :: CNTTL - Confederação Nacional Dos Trabalhadores  Em Transportes e Logística

IBGE mostra que está aumentando o abismo entre ricos e pobres

Pedro do Coutto

A Legião Brasileira de Assistência foi criada pelo presidente Getúlio Vargas em 1942 para dar apoio às famílias dos integrantes da FAB e teve atuação heroica em campos da Itália na Segunda Guerra Nundial. Sua primeira presidente foi a Sra, Darcy Vargas, que também presidia a Casa do Pequeno Jornaleiro. Nessa época, adolescentes de origem modesta vendiam jornais pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro e assim obtinham recursos para estudar e auxiliar em despesas de suas famílias.

O lançamento da LBA foi em um espetáculo musical no Teatro Municipal, em 1942, quando o governo Vargas entrava na guerra contra o nazismo e o fascismo.

MUITAS MUDANÇAS – Através do tempo a LBA passou por mudanças, especialmente quando o engenheiro Luis Fernando da Silva Pinto a presidiu, no governo Ernesto Geisel, que tinha como ministro da Previdência a figura notável de Nascimento e Silva.

Luis Fernando projetou fortes mudança,s modernizando  a Fundação e promovendo uma reforma estrutural necessária para transformá-la num órgão verdadeiramente de Assistência no sentido que de ela representasse, para as camadas pobres, aquilo que o BNDES representava para a área econômica.

Infelizmente, a LBA foi extinta pelo presidente FHC que não compreendeu quais eram os objetivos que marcaram sua transformação numa entidade dinâmica. Aliás, no campo social FHC foi um desastre. Mas esta é outra questão.

PROGRAMA DE NUTRIÇÃO – Luis Fernando criou um programa de complementação alimentar destinado às crianças e também às suas mães, que ganharam nova qualidade de vida.

Na mesma época, instituiu o programa de registro civil, uma vez que em 1976 o IBGE havia descoberto parcelas expressivas da população que não tinha certidão de nascimento. Eram rostos que não possuíam sequer existência legal.

Colocou em prática cursos profissionalizantes e expandiu enormemente as redes de creches em todo o país, destacando sua importância. É preciso acentuar que colocou em ação todos os postos da LBA para campanhas de vacinação. Finalmente instituiu também a campanha de doação de cadeiras de rodas a pessoas bastante necessitadas.

REPROVAÇÃO ALTA – Uma pesquisa organizada pela LBA identificou uma realidade; o índice de reprovação nas duas primeiras séries do ensino público fundamental era de 47%. Mas quando se tratava de crianças que haviam frequentado creches a reprovação baixava para 20%. A queda da taxa se aplicava a um universo de 8 milhões de alunos.

Hoje em dia, olhando-se pelo retrovisor constata-se a  falta que a LBA faz. Outra coisa, já ia esquecendo: a LBA promoveu um convênio com entidade de planejamento familiar porque praticavam-se no país 1 milhão e 500 mil abortos por ano, dos quais 25% acarretavam ações médicas urgentes.

Seria essencial que a LBA existisse hoje para dar um rumo ao governo no combate urgentíssimo à pandemia.