quarta-feira, dezembro 23, 2020

Quando ela enfim chegar, será festejada pelos brasileiros, e todos dirão: “Vacina, eu te amo!”


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Charge do Adão (Arquivo Google)

Vicente Limongi Netto

Olá, vacina. Onde você andava? Sei que tua missão é árdua. Tua presença no mundo é mais requisitada do que Papai Noel. Dê um jeito. Coloque o Brasil na agenda. A agonia da pandemia destrói famílias, empregos e sonhos. Até mesmo os mais fortes suplicam por você. Seja generosa. Será bem-vinda. Não se acanhe.

Despreze a brigalhada torpe da politicalha.  Será recebida com glórias. Foguetórios e cantorias. Por anjos e crianças. Por idosos que não perdem a esperança.  Em carreatas de ambulâncias e sirenes de bombeiros. Você poderá entrar em todos os lugares. Sem pedir licença.

DE BRAÇOS ABERTOS – A maioria esmagadora dos brasileiros estará esperando por você de braços abertos. Feliz e emocionada. O Cristo Redentor será teu guia e tua luz. Não esqueça de trazer milhões de seringas, que “as autoridades” esqueceram. Você conhece a má fama do Brasil. Deixamos tudo para a última hora. 

A improvisação e o amadorismo estão em todas as partes. Sobretudo nos gabinetes dos graduados burocratas. O ocupante de plantão do Palácio do Planalto é bizarro e birrento. Bateu o pé, igual criança que não quer comer. Garante que não deixará você chegar perto dos braços dele. Destrambelhado estrupício. 

Não perca tempo com ele. Vá em frente. Vacine quem queira. Venha logo. Não demore. Você é a mensageira do amor. Da paz, da harmonia e do sossego.

NÃO HÁ RACISMO? – Deplorável, cretino e covarde o depoimento do “técnico” Mano Menezes, segunda-feira, no Jornal Nacional, isentando o atleta do Bahia no episódio de racismo contra Gerson, jogador do Flamengo. E pensar que o despudorado e vexaminoso Mano já foi técnico da seleção brasileira…

Por fim, no  editorial “A destruição da política externa”( Estadão- 20/12), Celso Lafer é citado como ex-ministro das Relações Exteriores do governo de Fernando Henrique Cardoso.

Porém, Lafer também ocupou o mesmo posto no governo Collor de Mello. Por que a informação foi sonegada ao leitor? Por acaso o jornal quer reescrever a história republicana? Ou trata-se, apenas, de reles preconceito e torpe rancor contra o então jovem presidente da República que lutou para tirar o Brasil das amarras do atraso? Francamente, jornalismo ruim é isso aí.