domingo, novembro 15, 2020

Para combater fake news, TSE fez parceria com as principais plataformas da internet


Luís Roberto Barroso, ministro do STF e presidente do TSE Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Barroso acredita que nesta eleição houve menos fake news 

André de Souza
O Globo

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, acredita que houve uma diminuição no número de notícias falsas em circulação na campanha eleitoral deste ano. Mas, cauteloso, ele afirmou que só vai comemorar o gol depois da eleição, que será realizada no domingo. As declarações foram dadas em seminário sobre as eleições realizado no TSE.

“Nós achamos que estamos ganhando até aqui. Mas a gente só comemora o gol depois que a bola bateu na rede e o juiz apontou para o meio de campo. Ainda temos dois dias até a eleições. Mas talvez nos últimos tempos esta tenha sido a eleição com menor incidência de notícias fraudulentas”,assinalou.

ALIANÇAS – “Fizemos parcerias com todas as plataformas: Whatsapp, Twitter, Facebook, Instagram, Google e Tik Tok. E fizemos parcerias com todas as agências de checagem de notícias” — disse Barroso, acrescentando:

“Nós achamos que esta é uma eleição em que o nível de circulação de notícias fraudulentas foi mínimo. Felizmente”, prosseguiu o ministro, que também comentou o ataque hacker ao site do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na semana passada. Em decorrência disso, e da proximidade da eleição, o TSE reforçou a segurança do seu sistema. Já as urnas eletrônicas funcionam sem estar conectadas em rede.

HÁ RISCOS — “Alguém me perguntou: tá tranquilo? Eu disse: evidentemente que não. Quem estiver tranquilo hoje em dia está mal informado. O Superior Tribunal de Justiça teve um ataque cibernético na semana passada. Isso acendeu muitas luzes amarelas. Nós estamos tomando todos os cuidados possíveis, mas não dá para relaxar. Se Deus quiser, na segunda-feira, teremos chance de relaxar “— disse Barroso, lembrando que na quinta-feira houve uma queda dos sistemas da própria Justiça Eleitoral.

Em nota, o TSE explicou que isso ocorre em razão de “uma sobrecarga interna e não tem relação com interferência externa (ataque cibernético)”. Segundo a Corte, “o problema técnico não afeta nenhum processo relacionado à votação deste domingo”.