sexta-feira, junho 21, 2019

Ministro da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto deixará cargo para presidir Correios


Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Floriano Peixoto 26/02/2019 Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
O general Floriano Peixoto tem a missão de privatizar os Correios
Gustavo MaiaO Globo
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Floriano Peixoto deixará o cargo para assumir o comando dos Correios. Peixoto, que é general da reserva do Exército, é o quarto ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro a deixar o cargo – e o segundo da pasta.
SEM SUBSTITUTO – Até o momento, não se sabe quem assumirá o ministério, sediado no quarto andar do Planalto, um acima do gabinete presidencial. Floriano chegou ao cargo substituindo Gustavo Bebianno, primeiro ministro a cair na atual gestão, ainda em fevereiro.
Bolsonaro havia anunciado a demissão do presidente dos Correios, o também general Juarez Aparecido de Paula Cunha, ao fim de café da manhã com jornalistas que cobrem o Planalto na última sexta-feira.
Segundo o presidente, a exoneração foi motivada pela recente à ida de Juarez à Câmara dos Deputados, a convite de partidos da oposição. Bolsonaro disse que o general se comportou “como um sindicalista” na ocasião e posou para fotos com deputados do PT e do PSOL.
SEM COMENTÁRIOS – Na chegada ao Palácio do Alvorada por volta das 18h50 desta quinta, Bolsonaro desceu do carro, cumprimentou jornalistas e apoiadores que o aguardavam na entrada da residência oficial, mas não respondeu a nenhuma pergunta.
Na última terça-feira, Bolsonaro havia dito que não sabia quem seria o novo presidente da estatal, comentando que “a criança” estava nascendo. Em seguida, afirmou que havia “alguns nomes aparecendo”.
– Logicamente, o presidente que vai assumir vai cumprir o seu papel naturalmente. E o governo deu sinal verde para buscar a privatização, se bem que ela passa pelo Parlamento também.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É impressionante o troca-troca de demissões e nomeações nos primeiros escalões do governo. Jamais se viu esse fenômeno na História da República. Alega-se que não se deve criticar o governo, porque Bolsonaro só está no poder há seis meses. Mas com tantas demissões e novas nomeações, fica claro que há alto de errado, pois o governo não tem a menor estabilidade. Certamente é por isso que dá a sensação de que na verdade ainda nem começou. É uma situação que revela um surpreendente amadorismo, pela falta de executivos competentes para ocupar importantes funções na República. O assunto é preocupante e vamos voltar a ele, porque, desse jeito, fica cada vez mais difícil o governo tirar o país da crise. (C.N.)