Carlos Newton
É a notícia mais importante para os brasileiros. Deveria ser manchete em todos os jornais, mas isso não acontece nem acontecerá, porque se trata de uma informação que se tornou corriqueira, não traz a menor novidade, ninguém se interessa mais. E o governo se comporta com uma irresponsabilidade realmente extraordinária. Relega a segundo plano a questão da dívida pública e alardeia que a reforma da Previdência vai solucionar a crise do país, como se fosse uma solução Tabajara, tipo “seus problemas acabaram”, mas não é bem assim.
É preciso analisar e conduzir a política econômica de acordo com os interesses nacionais, mas isso não ocorre quando se delega essa atribuição a banqueiros ou economistas que operam no mercado financeiro. Mal comparando, é como colocar a raposa para tomar conta do galinheiro.
REINO DOS BANQUEIROS – As pessoas nem percebem, mas estamos vivendo no reino dos banqueiros. Em nenhum país do mundo os bancos obtêm tanto lucro, embora o Brasil esteja enfrentando a maior recessão de sua história. É claro que tem algo de errado nessa equação. Os primeiros a sofrer com a recessão deveriam ser os banqueiros, mas isso não acontece no Brasil, onde eles são blindados e banco não vai à falência.
Quando o PanAmericano ia soçobrar em 2009, Silvio Santos foi a Brasília, conversou com Lula, a Caixa Econômica Federal assumiu 35,5% do banco falido e ainda pagou R$ 740 milhões ao risonho Silvio Santos, que saiu dando gargalhadas, porque a falência iria levar de roldão outras empresas do grupo, inclusive a rede de televisão SBT.
Por coincidência, Dilma Rousseff colocou um diretor do Bradesco à frente da economia, Joaquim Levy; depois Michel Temer chamou Henrique Meirelles, ex-presidente mundial do Banco de Boston, e agora temos Paulo Guedes, fundador do banco BTG, que é sócio da Caixa no PanAmericano. Três banqueiros consecutivos, não há país que aguente!!!
PLANO DE MEIRELLES – Na verdade, nenhum dos banqueiros que assume a economia se preocupa em enfrentar a questão da dívida pública. Meirelles, por exemplo, que é um grande enganador, inventou o teto de gastos, prometeu equacionar a dívida no prazo de vinte anos, que era uma Piada do Ano. Se formos esperar 20 anos para equilibrar a economia, o próprio Meirelles já terá passado desta para melhor, como se dizia antigamente, e estará prestando contas ao criador.
Seu plano vintenário não durou nem mesmo um ano. A dívida não parou de aumentar e agora em fevereiro, mês de 28 dias, subiu 1,71%, um absurdo completo, frente a uma inflação de 0,43%, que também foi alta, em plena crise.
O atual chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, admite que a dívida continuará a crescer, porque não há superávit primário. Fala como se isso fosse uma coisa normal, mas a conta de juros já é insuportável, inaceitável e impagável. Foram R$ 373,4 bilhões nos últimos 12 meses. E total aumenta ano a ano, sem que o governa faça nada, absolutamente nada. Aonde vamos parar? Que país é esse, Francelino Pereira?
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P.S. – A auditora brasileira Maria Lucia Fattorelli trabalhou na reavaliação da dívida do Equador, que foi reduzida em 70%, sem reclamação dos credores. Ela quer trabalhar (gratuitamente) na análise da dívida pública brasileira, mas a equipe econômica não permite. Por quê? Será que os banqueiros mandam também no capitão e nos generais que hoje comandam o governo? Com dizia o barão de Itararé, era só o que faltava. Amanhã voltaremos ao assunto com informações altamente explosivas. Bomba! Bomba!, como dizia o Ibrahim Sued. (C.N.)
P.S. – A auditora brasileira Maria Lucia Fattorelli trabalhou na reavaliação da dívida do Equador, que foi reduzida em 70%, sem reclamação dos credores. Ela quer trabalhar (gratuitamente) na análise da dívida pública brasileira, mas a equipe econômica não permite. Por quê? Será que os banqueiros mandam também no capitão e nos generais que hoje comandam o governo? Com dizia o barão de Itararé, era só o que faltava. Amanhã voltaremos ao assunto com informações altamente explosivas. Bomba! Bomba!, como dizia o Ibrahim Sued. (C.N.)