quarta-feira, fevereiro 06, 2019

Qual o valor do conhecimento?

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Foto divulgação





Qual o valor do conhecimento?

Quando Dedé Montalvão ou eu escrevemos sobre algo que aprendemos como sendo errado, surge uma infinidade de “não é bem assim”, seguido de uma lista de erros alheios, ora! Como podemos corrigir nossos próprios erros se vivemos e nos fundamentamos em comparativos com a vida alheia, onde fica a consciência de cada um? Sendo uma “Maria vai com as outras” por não ter vontade própria, não sendo capaz de analisar e julgar seus próprios atos.
Habitualmente Dedé os chama de “desaculturados”, eu os classifico como “hipócritas”, pois esquecem esses, como já dito por alguém: não é a água que cerca o navio que o faz afundar, mas a água que passa a fazer parte do seu interior, isso nos leva a refletir sobre a origem dos males, quando percebemos que esses, enquanto ao nosso redor, apenas nos lembram de sua existência e que ali estão, mas quando passam a conviver conosco e ser parte do nosso dia a dia, aí realmente o problema se tornou fato, que em menor ou maior proporção, a qualquer momento se manifestará.
Desaculturado - diz-se daquele que não possui ou ao qual não foi introduzida a cultura, educação, os bons modos; sem cultura, inculto. Sem educação, sem modos, sem costumes.
Hipócrita - que ou aquele que demonstra uma coisa, quando sente ou pensa outra, que dissimula sua verdadeira personalidade e afeta, quase sempre por motivos interesseiros ou por medo de assumir sua verdadeira natureza, qualidades ou sentimentos que não possui; fingido, falso, simulado.
Não importa se vistos como “desaculturados ou hipócritas”, o adjetivo apenas os rotula, enquanto que a parte grave está na sua curta visão entre o legal e ilegal, o certo e o errado, o mérito e a bajulação, o conhecimento da verdade e a análise do seu particular entendimento, mesmo quando a sua consciência lhe grita em sentido contrário. Vemos assim, que por analogia já podemos compara-los a água que penetrou no navio, deixou de ser o fluído que o faz flutuar para se tornar no peso que ajudará a fundar, esse é o resultado obtido por aqueles que se deixam levar por aculturados ou hipócritas.
Tal manifestação não é atribuída a esse(a) ou aquele(a), pois não estamos aqui para sermos palmatoria do mundo, não, não é o que aqui buscamos, mas tão somente esperar que um jovem possa ler e fazer uma interpretação do que ora estamos a escrever, não que estejamos a nos apresentar como detentores do saber, mas tão simplesmente como pessoas que sobre os ombros, já carregam o aprendizado e uma criança, de um jovem, de um adulto e hoje, vive a fase que é atribuída aos idosos, e é nesta que está a sabedoria, pois as bravatas da juventudes já não tem lugar, nem a arrogância inicial da vida adulta, muito menos o agir sem pensar da criança.
A vida não nos torna grandes pelos bens que venhamos a possuir, mas por aquilo que tenhamos aprendido e venhamos a ensinar, servindo de base para o aprendizado e melhoria de outrem.
J. M. VARJÃO
DEDÉ MONTALVÃO
EM, 06/02/2019