Podemos
assegurar, tanto eu quanto Dedé, que:
Após transpor a casa dos 60 anos já estamos
gastando os bônus da vida, mas nem por isso deixamos de pensar em um amanhã
melhor, não fazemos o tipo que por não gostar do piloto, mas estando na mesma
nave, ainda torce para que o avião caia. Esse tipo suicida não prospera, vive angustiado
pro ver os outros progredirem. Dizem que sua sorte foi roubada pelos bem
sucedidos, embora nada tenham feito para conquista-la. São incapazes por não
terem sequer, a capacidade de pensar!
Desta busca por um amanhã melhor, a vida nos
concedeu o direito a conquista de uma independência financeira, nos tornando livres
de certas situações vexatórias que tanto vemos em dias atuais.
Nesta busca incansável adquirimos consciência
política e nos tornamos politizados, buscamos conhecimento para tecer
argumentos fundamentados, sem aleatoriedade e descabidos de razão e senso
lógico.
É por termos esta consciência que muitas vezes
somos levados a tecer críticas aos gestores públicos, não que a pessoa desse ou
daquele gestor nos diga respeito, mas tão somente às suas ações, essas sim,
cabe mais a nós munícipes do que ao próprio gestor, pois a ele cabe unicamente
gerir, mas a nós cabe o resultado da entrega.
Como querem que fiquemos calados quando nos
deparamos com uma “dispensa
de licitação” no valor de R$ 615.318,50 para 3 (três) meses de fornecimento de merenda
escolar, quando o gestor atual, que se registre, pessimamente mal assessorado,
rescinde contrato com custo mensal aproximado de R$ 100 mil reais mensais, sem nenhum amparo legal,
e eleva este mesmo contrato através de fraude ao processo licitatório, para um valor
superior ao dobro do anteriormente contratado, pois basta dividirmos o valor
constante da dispensa e vemos que chega a R$ 205 mil mês.
Vemos professores reclamando por salários não
pagos, não informaram ao gestor que o município não sofre solução de
continuidade, mesmo quando há troca de gestor, mas nos deparamos com dispensa
de licitação no valor de R$ 890.332,84,
destinado a contratação de Instituição de ensino para
serviços de capacitação profissional com desenvolvimento institucional...
Gente! É muito dinheiro para gerar tantos
erros, como é a própria dispensa desse ato em si. Isto é uma afronta às leis e total
desrespeito a coisa pública.
Espero que em algum momento desta caminhada a
redoma intransponível da justiça se quebre e ela consiga enxergar além das
paredes que a cerca.
Nota da redação deste Blog - Prezado José Mário, lendo esse seu pensamento, lembrei-me de um artigo do Advogado Jorge Béja intitulado: "Por que pedi habeas-corpus para os médicos cubanos ficarem no Brasil", cuja parte do texto diz o seguinte:
" Sou assim, fui assim e continuo sendo assim. O peso da idade (72) reduziu minha atividade profissional. Não, o entusiasmo. Não, a vontade incontida de estender a mão ao próximo. Ninguém sobrevive sem o próximo. O outro é parte de todos. Nós, os humanos, formamos um só corpo. Aquele lema da prestigiada e respeitabilíssima organização Médicos Sem Fronteira é a mais pura verdade que ouvi que já foi dita: “só um ser humano pode salvar a vida do outro ser humano”. É um brado que diz tudo sobre a importância do outro na vida de cada um de nós.
Não tenho o menor apego às coisas e aos bens materiais. A espiritualidade é que é tudo. A vida é eterna e a eternidade está no espírito e não na carne que tem início, meio e fim. E os nossos mortos, emancipados das necessidades materiais e vitais, eles não cessam de nos amar, de pensar em nós e interceder a Deus por nós. “Os vivos são sempre, e cada vez mais, governados pelos mortos: tal é a lei fundamental da ordem humana” (do Catecismo Positivista, Augusto Comte).
OBSTINAÇÃO – A legalidade é outra obstinação que sempre tive, e nunca perdi. Nos 45 anos de exercício da advocacia só defendi vítimas sobreviventes e familiares de vítimas fatais de tragédias. E assim agi e advoguei sem pensar em ganhar dinheiro, e sim de realizar Justiça e a todos confortar. E hoje não sou um advogado rico. Moro em casa alugada. E cada cliente que me procurou no escritório ou em casa foi uma lágrima derramada: erros médicos, mutilações, óbitos, mau atendimento hospitalar, mortes nos presídios, chacina da Candelária, pingentes que caíram do trem, queda no elevado Paulo de Frontin, queda do Palace II de Sérgio Naya estão entre as mais de 30 mil ações indenizatórias que advoguei.
E tudo gente pobre. Rico não anda de trem, nem mora nos subúrbios do Rio. Rico não procura a rede pública de saúde do Rio, que quase sempre o paciente entra e de lá sai cadáver. " ( Tribuna da Internet)