segunda-feira, fevereiro 21, 2011

O desprestígio do presidente do COB, “apenas” há 17 anos no cargo. Dona Dilma não PEDE nem CONCEDE, determina e governa. No seu estilo, gostem ou não gostem.

Helio Fernandes

Noticiei aqui, com antecedência, o encontro do prefeito Eduardo Paes com Dona Dilma. O que chamei de conversa que teria “30 BILHÕES de duração”. Foi o que aconteceu, a presidente, sem tomar conhecimento do prefeito (e muito menos do governador) decidiu, ou melhor, comunicou a eles o que havia resolvido, a respeito da chamada AUTORIDADE.

Que terá todos os Poderes sobre a Olimpíada, mas também, indiretamente, sobre gastos EXAGERADOS da Copa do Mundo. (Para que não haja o desperdício calamitoso do Panamericano. Que o presidente Lula achava que servia à população),

A presidente já havia convidado o ex-poderoso do Banco Central, que depois de 8 anos ficou sem cargo que agradasse. Mas Henrique Meirelles se interessou e aceitou ser essa AUTORIDADE Olímpica, que terá funções abrangentes e convergentes.

Dona Dilma, d-e-l-i-b-e-r-a-d-a-m-e-n-t-e, “esqueceu” de Carlos Arthur Nuzman, que há mais de 17 anos preside (?) o COB (Comitê Olímpico Brasileiro). A presidente quis mostrar sua vontade, quem manda e quem obedece.

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PS – Nuzman, cabralzinho e Eduardo Paes tiveram a audácia de dizer na época: “Trouxemos a Copa para o Brasil e a Olimpíada para o Rio”. Que farsantes.

PS2 – A Copa já estava mais do que na hora. O país do futebol realizará a Copa depois de 64 anos. E a Olimpíada foi uma conquista do próprio país (embora realizada numa cidade), da movimentação de Lula (sejamos justos) e dos votos de João Havelange. Sem este o Brasil ficaria distante mais uma vez.

PS3 – Por que finalmente Meirelles aceitou? Vários Motivos. Controlará, entre estádios e outras construções, centenas de bilhões. Mas não prestará contas a ninguém, a não ser a Dona Dilma, e mais nada.

PS4 – Não terá cargo oficial-estrutural, não será ministro e sim AUTORIDADE. De hoje até 2016, duvido haja alguém mais importante no Brasil. Não receberá quem não quiser. Chamado? Só de Dona Dilma.