Segue relato sobre o ato de ontem, e vamos tod@s para a Paulista nesta sexta às 11h, em frente ao consulado italiano.
Uma das grandes forças do ato foi ter conseguido reunir movimentos sociais e sindicatos que expressaram sua solidariedade e disposição em se somar à luta pela libertação de Cesare Battisti.
Uma das grandes forças do ato foi ter conseguido reunir movimentos sociais e sindicatos que expressaram sua solidariedade e disposição em se somar à luta pela libertação de Cesare Battisti.
Na noite de ontem, quarta-feira (26/01), a Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, sediou o ato-debate Cesare Battisti: o que está em jogo na democracia brasileira? As mais de cem pessoas que acompanharam o evento, solidarizando-se com a causa, puderam presenciar intelectuais, jornalistas, ex-presos políticos e, sobretudo, representantes de movimentos sociais manifestarem-se publicamente em defesa da libertação imediata do escritor italiano Cesare Battisti.
O debate iniciou-se com uma exposição geral sobre o caso feita pelo jornalista Celso Lungaretti e pelo representante da Anistia Internacional, Carlos Lungarzo, ambos reconhecidamente engajados desde o início nessa campanha. Traçando uma analogia entre a luta de Battisti durante os anos 70 na Itália e a dos brasileiros que se opunham à ditadura militar no Brasil, suas falas pontuaram os inúmeros delitos históricos e jurídicos que permeiam a ?fuga sem fim? de Battisti.
O membro do Comitê de Apoio a Cesare Battisti de Brasília-DF, Paíque, complementou esta análise ao apresentar outras tantas curiosidades que marcaram as acusações sobre o escritor e que não são divulgadas pela grande mídia, como o fato de as testemunhas que depuseram contra Battisti estarem, na ocasião, ou sob tortura ou estimuladas pelo sistema de ?delação premiada?. Paíque, por ser um dos membros do Comitê que visita Battisti na prisão, pôde informar que ele começou há algumas semanas a escrever seu terceiro livro em português, agora relatando situações que viveu no Brasil.
Paulo Arantes, professor de filosofia da USP, lamentou que o caso não seja tema de preocupação da maioria de seus colegas de profissão, pois, segundo ele, estaríamos diante de uma ?legislação emergencial de exceção?, um regime de urgência que teria tido início na Itália dos anos 70 e prosseguido até os dias de hoje. Chamou atenção ainda para o fato de atualmente os magistrados passarem a atuar como uma espécie de partido político, conjugando corrupção, máfia e violência política. No mesmo sentido caminhou o pronunciamento de Gegê, do Movimento de Moradia do Centro, também ele um perseguido político, ao afirmar que no Brasil a ?ditadura saiu da farda e foi para o judiciário?.
Representando o Tribunal Popular, Rogério Gegê ressaltou a importância de se conceder asilo político e lembrou ser esta uma prática tradicional no Brasil, sobretudo quando se trata de ex-torturadores e criminosos de Estado.
A maior parte das intervenções acentuou o caráter político da saga do ativista italiano. De acordo com o jornalista Alípio Freire, ?Cesare Battisti, hoje, faz parte de um jogo em que o mundo envereda cada vez mais para a direita?. José Arbex Jr., também jornalista, acrescentou que a perseguição de Battisiti é encabeçada por uma direita inteiramente corrompida, a mesma que quer expulsar imigrantes islâmicos da França ou que ressuscita expedientes fascistas, como no caso do Brasil, com mandatos de busca e apreensão coletiva nas favelas.
Uma das grandes forças do ato foi ter conseguido reunir movimentos sociais e sindicatos que expressaram sua solidariedade e disposição em se somar à luta pela libertação de Cesare Battisti. Marcelo Buzzeto, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), afirmou ser esta a posição da direção nacional do movimento. Para ele, a perseguição de Battisti representa a luta pela libertação de todos os presos políticos. ?Libertar Cesare Battisti é o mesmo que libertar um trabalhador sem terra lutando pela reforma agrária ou um estudante contra o aumento da passagem de ônibus?.
William, da Liga Bolchevique Internacionalista (LBI), pôde reforçar o convite para o ato em frente ao Consulado Italiano nessa sexta-feira (28), na Avenida Paulista, em São Paulo, para os outros movimentos e grupos presentes como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o Movimento de Moradia do Centro (MMC), o grupo Lutar não é Crime, diversas mídias alternativas e indivíduos que se solidarizaram com a causa. Além disso, o ato ainda contou com a presença de Eduardo Suplicy, senador que compõe o grupo de parlamentares que desde 2007 tem prestado apoio a Battisti na prisão.
Conforme a tônica do ato-debate, não se tratando de um mero formalismo legal, ?a situação impõe a necessidade de levarmos essa pauta para nossas organizações e mudarmos a correlação de forças?, como bem lembrou Alípio Freire: ?Cesare Battisti não é mais só Cesare Battisti?.
O debate iniciou-se com uma exposição geral sobre o caso feita pelo jornalista Celso Lungaretti e pelo representante da Anistia Internacional, Carlos Lungarzo, ambos reconhecidamente engajados desde o início nessa campanha. Traçando uma analogia entre a luta de Battisti durante os anos 70 na Itália e a dos brasileiros que se opunham à ditadura militar no Brasil, suas falas pontuaram os inúmeros delitos históricos e jurídicos que permeiam a ?fuga sem fim? de Battisti.
O membro do Comitê de Apoio a Cesare Battisti de Brasília-DF, Paíque, complementou esta análise ao apresentar outras tantas curiosidades que marcaram as acusações sobre o escritor e que não são divulgadas pela grande mídia, como o fato de as testemunhas que depuseram contra Battisti estarem, na ocasião, ou sob tortura ou estimuladas pelo sistema de ?delação premiada?. Paíque, por ser um dos membros do Comitê que visita Battisti na prisão, pôde informar que ele começou há algumas semanas a escrever seu terceiro livro em português, agora relatando situações que viveu no Brasil.
Paulo Arantes, professor de filosofia da USP, lamentou que o caso não seja tema de preocupação da maioria de seus colegas de profissão, pois, segundo ele, estaríamos diante de uma ?legislação emergencial de exceção?, um regime de urgência que teria tido início na Itália dos anos 70 e prosseguido até os dias de hoje. Chamou atenção ainda para o fato de atualmente os magistrados passarem a atuar como uma espécie de partido político, conjugando corrupção, máfia e violência política. No mesmo sentido caminhou o pronunciamento de Gegê, do Movimento de Moradia do Centro, também ele um perseguido político, ao afirmar que no Brasil a ?ditadura saiu da farda e foi para o judiciário?.
Representando o Tribunal Popular, Rogério Gegê ressaltou a importância de se conceder asilo político e lembrou ser esta uma prática tradicional no Brasil, sobretudo quando se trata de ex-torturadores e criminosos de Estado.
A maior parte das intervenções acentuou o caráter político da saga do ativista italiano. De acordo com o jornalista Alípio Freire, ?Cesare Battisti, hoje, faz parte de um jogo em que o mundo envereda cada vez mais para a direita?. José Arbex Jr., também jornalista, acrescentou que a perseguição de Battisiti é encabeçada por uma direita inteiramente corrompida, a mesma que quer expulsar imigrantes islâmicos da França ou que ressuscita expedientes fascistas, como no caso do Brasil, com mandatos de busca e apreensão coletiva nas favelas.
Uma das grandes forças do ato foi ter conseguido reunir movimentos sociais e sindicatos que expressaram sua solidariedade e disposição em se somar à luta pela libertação de Cesare Battisti. Marcelo Buzzeto, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), afirmou ser esta a posição da direção nacional do movimento. Para ele, a perseguição de Battisti representa a luta pela libertação de todos os presos políticos. ?Libertar Cesare Battisti é o mesmo que libertar um trabalhador sem terra lutando pela reforma agrária ou um estudante contra o aumento da passagem de ônibus?.
William, da Liga Bolchevique Internacionalista (LBI), pôde reforçar o convite para o ato em frente ao Consulado Italiano nessa sexta-feira (28), na Avenida Paulista, em São Paulo, para os outros movimentos e grupos presentes como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o Movimento de Moradia do Centro (MMC), o grupo Lutar não é Crime, diversas mídias alternativas e indivíduos que se solidarizaram com a causa. Além disso, o ato ainda contou com a presença de Eduardo Suplicy, senador que compõe o grupo de parlamentares que desde 2007 tem prestado apoio a Battisti na prisão.
Conforme a tônica do ato-debate, não se tratando de um mero formalismo legal, ?a situação impõe a necessidade de levarmos essa pauta para nossas organizações e mudarmos a correlação de forças?, como bem lembrou Alípio Freire: ?Cesare Battisti não é mais só Cesare Battisti?.
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Fonte: CMI Brasil