Folha de S.Paulo
BRASÍLIA - Com o aumento do Legislativo aprovado anteontem, cada um dos 594 congressistas --513 deputados e 81 senadores-- representa custo médio de R$ 128 mil por mês aos cofres públicos do país. Seus vencimentos tiveram reajuste de 61,8%, passando dos atuais R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil, com validade a partir de fevereiro.
O levantamento da reportagem é subestimado, já que não levou em conta os benefícios que não têm valores divulgados ou são de difícil mensuração.
Câmara
Na Câmara, a média de custo de cada deputado federal é de R$ 125 mil. Esse valor considera 15 salários anuais (o 13º mais duas ajudas de custo), a média da cota para o exercício do mandato (que varia de R$ 23 mil para os deputados de Brasília a R$ 34,2 mil para os de Roraima), o auxílio-moradia de R$ 3.000 e a verba de R$ 60 mil para a contratação de funcionários.
A reportagem não levou em conta, por exemplo, o ressarcimento ilimitado de despesas médicas ou o fornecimento de quatro jornais e uma revista para cada gabinete que os deputados têm direito. Além disso, os líderes, os vice-líderes, os presidentes e os vice-presidentes de comissões da Câmara recebem um auxílio extra de R$ 1,2 mil.
Senado
No Senado, o custo médio de cada senado é, de R$ 146,5 mil. Essa conta é ainda mais subestimada. A assessoria de imprensa da Casa não respondeu sobre os valores pagos com ressarcimento postal, telefônico, combustível e atendimentos médicos.
Para os senadores, a reportagem contabilizou só o novo salário, o auxílio-moradia (R$ 3,8 mil), a verba de gabinete (R$ 82 mil), verba indenizatória (R$ 15 mil) e passagens, que variam de R$ 13 mil a R$ 25 mil, em valores de 2009 --o Senado não respondeu se houve reajuste.