sexta-feira, agosto 27, 2010

Kit Praia: A nova onda da Orla

Leo Barsan

Sem barracas, com kit praia. Se a boa do final de semana ou de qualquer outro dia for curtir um banho de mar na orla de Salvador, soteropolitanos e turistas vão ter que criar sua própria infraestrutura praieira. A onda de transportar objetos para esse tipo de lazer é antiga, mas agora ganha força. Acabou aquele bom e velho atendimento de seu Juquinha, dona Maria e tantos outros barraqueiros.
Força no bolso, também.

Torrar nas areias sem nenhuma proteção não dá. A Tribuna pesquisou preços de alguns utensílios necessários para evitar que o passeio na praia acabe agitado de forma negativa. Em alguns pontos da orla, há quem alugue cadeiras de praia aos banhistas. Mas, para não correr o risco de ficar a ver navios, é melhor levar as suas. Numa loja de variedades da capital baiana, a unidade do produto mais barato custa R$44,90.

E na cidade do sol, um equipamento que proteja da radiação do astro-rei é fundamental. A partir de R$21,90 é possível adquirir o famoso sombreiro. Água fresca por R$2. A caixa de isopor também será indispensável. Pague R$30, mas exclua o preço do gelo, da cerveja, do refrigerante.

Se começar a suar, sua toalha de praia de R$32,90 seca. Só não refresca. Para isso, recorra às águas do belo mar da Bahia. Mas deixe seu protetor solar fator 15, de R$30; sua canga de R$15; a piscina das crianças, de R$34,90; a carteira, os óculos escuros e todos os outros utensílios nas mãos de um santo segurança particular. E não esqueça de pagar R$100 por oito horas de serviço do profissional contratado, além de custear as despesas de transporte e alimentação.

Por apenas R$360, está pronto o seu kit para ir à orla marítima da capital baiana somente neste primeiro final de semana sem barracas. Transporte tudo num buzú lotado, sob um sol escaldante. Aquela festa! Se essa for a sua praia, tudo certo. Do contrário, dê um 180 e volte para casa. Nas areias das praias, existem coisas que o dinheiro não compra. Para todas as outras, existiam os barraqueiros.

Fonte: Tribuna da Bahia