quarta-feira, outubro 07, 2009

A campanha pede passagem

Cessado o foguetório da justa explosão de orgulho nacional com escolha do Rio para a sede dos Jogos Olímpicos de 2016, daqui a sete longos anos, o bom senso foi recolocando as coisas nos seus devidos lugares. As Olimpíadas são um compromisso do país que ainda passará por duas eleições para presidente, governadores, prefeitos, senadores, deputados federais e estaduais e vereadores e mais meio mandato até a rodada de 2018.A reclicagem dos principais atores disparou na velocidade de foguete. Lula deu o bom exemplo de sensatez, distribuindo confidências para serem vazadas e baixar a poeira. Pela primeira vez admitiu a sua candidatura às eleições de 2014 se a ministra Dilma Rousseff, eleita ano que vem não disputar a reeleição. Uma manobra que só combinada com antecedência poderia funcionar sob o fogo da oposição denunciando a tramóia de ética discutível. Os mandatos para todos os níveis do executivo, na prática, são de oito anos. Tão logo as pesquisas sinalizam as tendências de voto, os favoritos refazem os planos de governo para dois mandatos.E o reeleito presidente Lula sabe das coisas por experiência própria. O boato é uma arma válida do jogo político. Como a ministra Dilma Rousseff ainda não passou pelo gogó de muitos petistas que ruminam a sua candidatura imposta por Lula sem ouvir ninguém, o possível terceiro e o quarto mandato é o bilhete para a viagem do purgatório ao paraíso das nomeações, do ministério balofo, o maior da história etc.Por sua vez, a ministra-candidata, curada do câncer linfático pelas sessões de quimioterapia, ainda com a peruca para esconder as falhas de cabelo - enquanto o presidente esticava o giro pelo mundo depois da vitória olímpica em Copenhague – viajou por São Paulo e Londrina (PR) para a mistura de política e religião. À noite, participou do culto da Assembléia de Deus, subiu a escada até o púlpito para trocar o sermão pelo discurso para mais de quatro mil fiéis. E mostrou que fez o dever de casa, ao citar de cor as palavras do profeta João: “Vim para que todos tenham vida em abundância”. Mimou o presidente Lula, dono do seu eleitorado, pela vitória na capital da Dinamarca, com a escolha do Rio para sede das Olimpíadas de 2016. Dilma recebeu uma Bíblia de presente e acompanhou do púlpito, ao lado do ex-governador fluminense, Garotinho, até ofim do culto.Estendeu a campanha até a cidade mineira de Ipatinga, onde se encontrou com a ex-ministra e ex-petista Marina Silva, pré-candidata a presidente pelo Partido Verde (PV) que também compareceu ao culto na Assembléia de Deus.Uma semana de candidata em campanha sem o presidente Lula.O PMDB desconfiou que está sendo passado para trás. E resolveu botar para quebrar. O presidente do partido e candidato à vice-presidente na chapa da ministra Dilma, deputado Michel Temer (SP) , em reunião esta noite com a cúpula peemedebista para fechar a questão: apoio a Dilma só com a vice para o presidente do partido._____________________________________________________________________
Em matéria de novidade, ninguém superou o terrorista suicida, Abul Khair que tentou matar o príncipe saudita Mohammed bin Nayel detonando com um telefone celular os explosivos que carregava dentro do anus, introduzido como um supositório. O príncipe sobreviveu com pequenos arranhões pelo corpo. Abdul Khair sucumbiu como mártir de imaginoso truque que ludibriar a segurança, que está examinando o assunto com a maior seriedade, reconhecendo a dificuldade em descobrir explosivos introduzidos no corpo do terrorista que se suicida de maneira inédita e jamais imaginada.Se a moda pega, os aeroportos terão que tomar providências, como cabines com raios-X para o exame dos passageiros.E no caso de passageiras suspeitas?
Fonte: Villas Bôas Corrêa