Alguém tinha que desmascarar o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. A entrevista dele à revista Veja lança uma nuvem de suspeita sobre os rigores de suas futuras pesquisas. O mérito coube ao sociólogo carioca Gilson Caroni Filho. Ao emitir opinião sobre Dilma Roussef e o PT, como fica a idoneidade de Carlos Augusto Montenegro e seu Ibope? Segundo Caroni, a entrevista “bate de frente com o rochedo da verdade”. Montenegro incorreu em erro primário. A má-fé já não se preocupa em vestir disfarces.“Ao emitir juízo de valor sobre a ministra Dilma que, apesar das evidências, ainda não confirmou sua pré-candidatura, o analista incorreu em duplo erro: ético e metodológico. Quando diz que Dilma não dispõe de carisma, simpatia ou jogo de cintura, Montenegro parece ter se esquecido que sua empresa vai ser solicitada a fazer pesquisa de opinião sobre o objeto dos comentários. Suas afirmações podem criar uma pré-percepção de predisposição. O que, convenhamos, é um desastre para a credibilidade do grupo que preside”.Caroni desmonta as lorotas de Montenegro. “Montenegro deveria saber que só tem que apresentar dados em cima de um parecer quantitativo que foi extraído de sondagem efetivamente realizada. Do contrário, como faz nessa entrevista, parece querer induzir futura pesquisa ou dar uma opinião pessoal, já dizendo, mesmo antes de fazê-la, qual vai ser o resultado”.Aliás, o colunista Maurício Dias, da CartaCapital, cita uma frase surreal de Carlos Montenegro publicada na mesma revista Veja: “Ele pode cair? Pode. Mas pode subir também”. Ele se referia à candidatura de Serra à presidência. Ora, se Serra cair, ele acerta, se subir acerta também. É muita picaretagem.Como acreditar numa pesquisa do Ibope?
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Fonte: Bahia de Fato