quarta-feira, setembro 09, 2009

A semana parlamentar de quatro dias úteis

Um episódio curioso, que não conquistou o espaço merecido na mídia, é melhor flagrante da resistência marota dos nossos dedicados e honrados parlamentares, a qualquer tentativa de desatentos sobre a importância prioritária das mordomias, das vantagens, das verbas indenizatórias, dos R$ 60 mil para a contratação de assessores de gabinetes até o máximo de 30 (e que não cabem em pé nos gabinetes os anexos) das quatro passagens aéreas semanais, da verba para a compra de jornais, revistas e livros, dos dois celulares com tudo pago, especialmente as ligações internacionais, assistência médica e hospitalar, no Brasil ou no exterior e demais miçangas e burlas de inesgotável criatividade.Pois, a atenta Mesa da Câmara dos Deputados, no patriótico entusiasmo para acelerar a aprovação de propostas de alteração ao texto de projetos que devem fixar para a exploração e produção de petróleo na profundidade do pré-sal, convocou uma sessão para .ontem.No horário limite para abrir a sessão, o plenário registrava a presença de 10 dos 581 deputados federais. Com o contratempo da ingenuidade da Mesa, o prazo de cinco sessões para a apresentação de emendas deverá encerrar-se na próxima quinta-feira.Com o presidente Lula apostando todas as fichas no pré-sal, a Câmara, com a mobilização da base, grata por tantos paparicos, deve alcançar o quorum.Em rede nacional de rádio e televisão, Lula fará amanhã um pronunciamento sobre o Dia da Independência, encaixando uma exaltação ao pré-sal como ”um novo Dia da Independência para o Brasil”.
Mas, nem tudo está perdido. O senador Heráclio Fortes (DEM-PI), em pleno regime de emagrecimento depois da operação plástica que reduziu as banhas na barriga, rebateu as críticas da oposição e garantiu que o corte de R$ 376 milhões nas verbas orçamentárias será feito em parcelas. E a reforma administrativa encomendada à Fundação Getúlio Vargas será executada o mais rápido possível.O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o pedido da oposição para reabertura dos processos contra o presidente José Sarney no Conselho de Ética da Casa.
Crise? Só a má vontade da oposição não enxerga a evidência do maior governo da história deste país.
Fonte: Villas Bôas Corrêa