sexta-feira, agosto 14, 2009

Pesquisa dá empate entre Paulo Souto e o governador

O Vox Populi vai publicar hoje uma pesquisa contratada pela Band sobre a sucessão estadual. Ontem, a emissora divulgou a pesquisa realizada em Minas Gerais. Os números a serem confirmados devem ser os seguintes: o ex-governador Paulo Souto (DEM) com 37%, o atual governador Jaques Wagner (PT) com 36% e o ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB) com 13%. A pesquisa deve trazer ainda os números sobre a preferência dos eleitores baianos em relação à disputa presidencial. Parceiro de chapa de Souto, o senador ACM Jr. (DEM) reuniu ontem um grupo de cabeças pensantes em sua casa, em Brasília, e fez uma revelação: pretende trabalhar efetivamente pela sua reeleição. Para confirmar o fato, disse que iria promover um encontro ainda esta semana em Salvador com o gabinete e auxiliares políticos, inclusive do filho, o deputado federal ACM Neto (DEM), a fim de discutir uma estratégia política e eleitoral própria. Os interlocutores saíram da reunião com o filho de ACM convencidos de que o que até então era uma ameaça transformou-se em realidade. Júnior, como é chamado entre os amigos, pretende mesmo entrar de verdade na campanha estadual de 2010, ajudando o cabeça de chapa do DEM, Paulo Souto. A medida seria também uma resposta às movimentações do senador César Borges (PR). Amigo há anos da família Magalhães, pelas mãos da qual foi inclusive governador da Bahia, Borges também deseja a reeleição, mas passou a tratá-la no âmbito de uma eventual chapa do candidato do PMDB, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), desconsiderando os apelos para que unisse forças em torno de Souto. Por diversas vezes, teria sido avisado por ACM Neto de que, se persistisse com a estratégia, o pai sairia candidato. A resposta decisiva e certeira parece ter vindo agora. A arrumação do arsenal para a disputa por Júnior pode ser uma encenação com o objetivo de coagir Borges a manter-se dentro dos estritos limites do que deseja a família Magalhães. Mas também pode não ser. Mesmo porque nada assegura que, iniciado o jogo, o senador não venha de fato a empolgar-se verdadeiramente com a partida. E aí não queira mais largar a bola.
Fonte: Tribuna da Bahia