Fernanda Chagas
A expectativa é que não passe de hoje o anúncio dos nomes indicados pelo PDT para o comando da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e mais cinco autarquias e empresas do governo do Estado. Resta agora apenas a confirmação por parte do governador Jaques Wagner (PT), mas segundo circulou nos corredores do Palácio de Ondina, ontem ele teria dedicado parte do seu domingo para finalizar o tão arrastado ingresso da legenda no seu governo. Em relação aos futuros representantes brizolistas na administração estadual, permanece forte os rumores, conforme o próprio presidente estadual da legenda, Alexandre Brust afirmou, de o PDT emplacar o ex-prefeito de Irecê e ex-deputado federal, Beto Lélis, para a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
Pelo acordo firmado entre o governo e o PDT, o partido comandará além da Secti, incluída a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa), a CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral), o Ibametro (Instituto Baiano de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), o Promo (Centro Internacional de Negócios da Bahia), e duas diretorias na Ebal (Empresa Baiana de Alimentos). Em relação à CBPM, o nome de Brust é cotado para assumi-la. Na avaliação do ministro, a tendência do partido na Bahia é ampliar a sua representatividade política com o apoio à aliança do governador Jaques Wagner. “Nossa expectativa é crescer mais. Participando da chapa majoritária (o que ainda não foi confirmado), deveremos fazer de três a cinco deputados federais, e de cinco a oito estaduais”, declarou. Lupi afirmou que o partido deverá ser fortalecido, ainda, com o ingresso de novos filiados. “Tem muita gente querendo entrar no partido, e isso é bom”.
As especulações de que o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (sem partido) admite que conversa realmente com o PDT sobre a possibilidade de ingressar na legenda, apesar de ter avançado muito nas discussões sobre uma eventual filiação ao PSB da deputada federal Lídice da Mata, só reforçam as declarações de Lupi. O convite para entrar no partido havia sido feito diretamente a ele pelo presidente nacional, no início das tratativas para trazer a legenda para o bloco governista e, consequetemente, com a saída do deputado federal Severiano Alves da presidência do PDT, o caminho para o ingresso de Nilo ficou mais livre. No entanto, o presidente da Assembleia Legislativa já deixou claro que, ao menos por enquanto, não cogita a possibilidade de assumir o comando da legenda na Bahia, conforme foi ventilado. Segundo ele, “não faz parte de seu padrão chegar tomando nada de ninguém. Sem falar que considero Alexandre Brust um pedetista histórico. Um homem sério”, destacou Nilo.
Fonte: Tribuna da Bahia