Folha de S.Paulo
Mais sete casos de mortes pela gripe suína foram confirmados ontem no Brasil, subindo para 11 o total de óbitos provocados pela doença.
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Dos novos casos, cinco foram no Rio Grande do Sul --Estado recordista, com sete mortes ao todo--, um em São Paulo e um no Rio de Janeiro.
Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o país também registrou seu primeiro caso de morte causada por transmissão sustentada da gripe suína --em que a vítima não foi a países onde o vírus está nas ruas nem teve contato direto com quem foi ao exterior. Isso significa que o vírus já circula no Brasil.
Esse caso é o de uma menina de 11 anos de Osasco (SP), em 30 de junho. Com a transmissão sustentada, o Brasil entra para a lista dos oito países com circulação confirmada --os outros são EUA, México, Canadá, Argentina, Chile, Reino Unido e Austrália. O ministério diz haver evidências de transmissão sustentada no Rio Grande do Sul. O número de infectados pela gripe suína no país chega a 1.175.
As mortes são muito inferiores às da gripe comum. Segundo o ministério, em 2006 a gripe comum, com as doenças associadas (como pneumonia e bronquite), causou 77.964 mortes no país.
As vítimasEm São Paulo, a nova morte por gripe suína, de um homem de 21 anos, ocorreu em Osasco, no último dia 11. Segundo a Secretaria da Saúde da cidade, nem o jovem nem ninguém próximo a ele tinha ido ao exterior. O rapaz foi internado no dia 1º com tosse e febre. No mesmo dia, teve diagnóstico de pneumonia.
Já a Secretaria da Saúde gaúcha disse que 4 dos 5 novos mortos no Estado tinham ao menos um fator de morbidade para doenças respiratórias. Três eram hipertensos e um tinha obesidade mórbida.
Duas mortes ocorreram em Passo Fundo: um homem de 42 anos e outro de 30, ambos trabalhadores do comércio. Eles podem ter contraído a doença com pessoas que voltaram infectadas do exterior.
Outros dois casos foram em Santa Maria, com homens de 36 e 26 anos --este último é o único de um gaúcho em que não foi achado fator de risco.
A quinta vítima, um caminhoneiro de 35 anos morador de Itaqui, morreu em Uruguaiana. O prefeito de Itaqui, Gil Marques Filho (PDT), diz que o homem chegou a ser internado em Porto Xavier ao voltar de uma viagem à Argentina. Após a alta, fez um churrasco para comemorar a melhora, mas voltou a apresentar sintomas graves e precisou ser internado de novo. Teve parada cardíaca ontem.
No Rio, a vítima foi uma mulher de 37 anos. Ela morreu no último dia 13 em um hospital particular, após passar sete dias internada.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) calcula que haja uma vacina em setembro.
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Fonte: Agora