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Quatro ex-prefeitos e outras 17 pessoas foram presas ontem pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Rapina 4, desencadeada nos municípios de Montes Altos, São Pedro da Água Branca e Governador Edison Lobão, na região sul do Maranhão. A operação teve o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em desvio de recursos públicos federais, principalmente dos Ministérios da Educação e Saúde.
Além dos 21 mandados de prisão, a Policia Federal também executou 42 mandados de busca e apreensão de computadores, notas fiscais e documentos das três prefeituras envolvidas. A PF estima que, somente nos últimos 18 meses, essa organização tenha desviado aproximadamente R$ 14 milhões dos cofres públicos da União.
Entre as pessoas presas nesta terça-feira estão Washington Pláscido, ex-prefeito do município de Governador Edison Lobão; Ildésio Gonçalves de Oliveira, ex-prefeito de São Pedro da Água Branca; Nélson Castilho, ex-prefeito de Montes Altos e sua esposa, Patrícia Castilho, que também foi ex-prefeita do mesmo município. Também foram detidos funcionários públicos, empresários, ex-secretários municipais, contadores e advogados das três prefeituras envolvidas. Nenhum dos advogados dos ex-prefeitos foi localizado para comentar as prisões.
A Operação Rapina 4, que envolveu 170 policiais federais e mais 25 analistas da Controladoria Geral da União (CGU), é um desdobramento de outras ações homônimas que realizadas desde 2007. As quatro operações estão interligadas não somente pela tipicidade da fraude, como pelas empresas envolvidas no esquema.
De acordo com a Polícia Federal, as três prefeituras "fraudavam licitações, balancetes contábeis e utilizavam notas fiscais falsas das empresas de fachada investigadas com objetivo de encobrir desvios e apropriações ilícitas de recursos públicos oriundos da União por meio de convênios, fundos e planos nacionais". Ainda segundo a PF, as prefeituras também fraudavam licitações ou manipulavam processos licitatórios.
"O esquema era coordenado pelos ex-gestores e por servidores públicos dos municípios", explicou o delegado responsável pela investigação Pedro Meireles. "Temos uma farta documentação e um conjunto probatório consistente. Além disso, esse material nos dá subsídio para investigar outras prefeituras", finalizou Meireles.
As pessoas presas estão sendo acusadas de crimes como falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, emprego irregular de verbas públicas e formação de quadrilha. Nas quatro operações desencadeadas pela PF já foram presas 166 pessoas em 20 cidades do Maranhão e do Piauí.
Fonte: O Liberal (PA)