Redação CORREIO
A menina de 13 anos grávida de quatro meses do próprio pai recusou a possibilidade de aborto na manhã desta segunda-feira (16) em conversa com o promotor público Bruno Gontijo, em Guaratinga, município localizado a 707 km de Salvador. Por não ter representantes legais com a prisão do pai, a adolescente pode decidir sobre a interrupção da gravidez iniciada após sofrer abusos sexuais do trabalhador rural de 42 anos.
Segundo a presidente do Conselho Tutelar da cidade, Lindidalva Batista Santana, a garota não explicitou os motivos em rejeitar a idéia do aborto, mas deve ainda passar por exames médicos e psicológicos para verificar se ela tem condições de prosseguir com a gravidez. 'Ela ainda está abalada, mas está mais tranquila e mostra mais confiança na gente', afirmou Santana, que é a responsável pela menina desde a prisão do trabalhador rural no último dia 11.
Lindidalva informou que a garota será submetida também a exames, solicitados pelo delegado de Guaratinga, Antonio Alberto Passos de Melo, em Porto Seguro ou Salvador. 'Os testes devem atestar se o pai dela é realmente pai da criança', explicou.
O promotor entrou com ação na Vara da Infância e Juventude de Guaratinga pedindo que o pai da menina perda o pátrio poder em favor de Lindinalva. A presidente do Conselho Tutelar afirmou que espera que a menina fique sob sua custódia até a decisão final sobre o caso. O pai da adolescente permanence preso na delegacia de Guaratinga, depois de confessar o crime.
Fonte: Correio da Bahia