Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) incorporou o estilo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos palanques, na inauguração de uma usina hidrelétrica do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em Tocantins. Ao discursar para o público, ela trocou o usual “senhores e senhoras” por “companheiras e companheiros”, usado pelo petista. A candidata de Lula à sucessão dividiu o palanque com o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), um dos nomes cotados caso o PMDB indique o vice do PT em 2010. Lula chegou a fazer insinuações sobre o seu substituto e, em uma oportunidade, mencionou que os dois ministros estavam com viagem programada para vistoriar obras da transposição do São Francisco. “Geddel vai hoje [ontem] com Dilma, (...) a Dilma está andando muito para ver as obras do São Francisco”, disse, para minutos depois emendar: “Eu trabalho com a certeza de que, quando eu acabar a Presidência deste país, quem vier depois de mim —que eu espero que seja quem eu penso que vai ser—, eu quero que essa pessoa receba o país muito mais organizado, um país com prateleiras de projetos para que as coisas comecem a funcionar”. Durante o discurso dos empresários responsáveis pela obra, Lula cochichou com Dilma e, vendo que a ministra suava muito, pediu a um auxiliar um lenço e a ajudou a enxugar o rosto. Chegou a mostrar à ministra um ponto onde a maquiagem derretia com o sol, logo abaixo dos olhos. Ao citar Geddel em seu discurso, a ministra o chamou de “meu querido companheiro”. Ela se disse emocionada com a inauguração da usina, viabilizada por meio do PAC, e disse que, apesar das críticas de que as obras estão atrasadas, essa foi entregue quase dois meses antes do prazo. Lula desconversou ao ser questionado se estava acompanhado dos dois representantes da chapa de sua sucessão: “Não sou eu que escolho e não é o momento de escolher. Quando chegar o momento certo, eu terei o imenso prazer de dizer”.
Ministros querem acelerar projeto
Os ministros da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, reuniram-se na cidade pernambucana de Salgueiro com diretores das empresas responsáveis pelas obras do Projeto São Francisco. Na ocasião, as autoridades comunicaram a decisão do governo de acelerar a execução do projeto, superando todos os eventuais problemas que possam surgir em função da crise.Trata-se de uma decisão de governo que será cumprida a despeito de possíveis problemas na área administrativa, financeira ou judiciária, pois é um projeto prioritário a ser realizado no prazo previsto, frisou a ministra Dilma Rousseff, que pela primeira vez visitou as obras, a convite do ministro Geddel Vieira Lima. Eles informaram que no próximo dia 12 de fevereiro o presidente Lula voltará a Salgueiro para vistoriar pessoalmente as obras, dando mais uma demonstração do interesse e da prioridade do governo para sua execução. O ministro da Integração Nacional afirmou que a reunião com os diretores as empresas construtoras “revelou de forma clara que a obra do Rio São Francisco conta com a decisão do governo para sua realização”. Estão assegurados os recursos necessários para que em nenhum momento a obra atrase seu cronograma, frisou Geddel Vieira Lima. Ao contrário, ressaltou, ainda, “saímos desta reunião com a garantia do estabelecimento de mais um turno de trabalho, o que significa mais emprego e rapidez para a conclusão da obra”. Geddel observou que a reunião entre os ministros e os construtores fixou metas claras, como o cumprimento de 5% do cronograma mensal de obras, que representa 20% de avanço em cada quadrimestre. É uma obra fundamental para o desenvolvimento do Nordeste, e se torna a cada dia uma realidade mais pautada, assegurou o ministro. E acrescentou que, conforme compromisso assumido, o eixo Leste será inaugurado no governo do presidente Lula. O canteiro de obras visitado pelos ministros e os diretores das construtoras está com 2 mil pessoas trabalhando, e em pouco tempo chegará a 4 mil, informou Geddel. Nosso objetivo, no ritmo que vamos, é colocar dentro de mais algum tempo 15 mil brasileiros trabalhando nas obras de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, ainda em 2009, comentou.
Lúcio rebate Wagner e nega traição do PMDB à base
“Se alguém traiu o governo estadual, o PT, foi a própria base governista e não o PMDB, conforme o governador (Jaques Wagner) declarou”. Desta maneira o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, rebateu às criticas de Jaques Wagner, que acusou a cúpula peemedebista de traidora por ter liberado na eleição para a presidência da Assembleia Legislativa o voto de seus deputados, ao contrário de orientá-los a votar branco ou nulo. Vale ressaltar que desde o início do processo o PMDB deixou claro que não votaria em Marcelo Nilo (PSDB). De acordo com Lúcio, no jantar de adesão de Nilo, dias antes da eleição que ocorreu no último dia primeiro, 40 parlamentares estiveram presentes - sem incluir os oito peemedebistas -, e Wagner conclamou a todos para que votassem de forma integral na chapa encabeçada pelo tucano. Contudo, a prova de que isso não aconteceu, segundo ele, está na derrota da candidata petista, Fátima Nunes, que perdeu a segunda vice-presidência para o oposicionista Fernando Torres (PRTB) com seis votos de diferença. “O detalhe é que ela obteve penas 28, enquanto Torres 34. Se todos os 40 deputados da base tivessem realmente sido fiéis ao PT, ela levaria sem o menor problema, afinal somaria nada menos que 40 votos”, ironizou. Ainda segundo Lúcio, a postura do PMDB de não apoiar Nilo se deu, exclusivamente, pela quebra do acordo firmado em 2007. “Nesta ocasião, com o consentimento do governador, um documento foi assinado por Nilo, sob a garantia do nosso apoio à primeira eleição dele, em troca do apoio à candidatura de Artur Maia dois anos depois. No entanto, isso não aconteceu. O que nos isenta de qualquer culpa”, destacou, ressaltando que “hora nenhuma houve acordo para se votar branco ou nulo”. O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, tido como o “cacique” da legenda, foi ainda mais longe. “Para mim a eleição na Assembleia já era assunto superado, até porque eu sou da seguinte teoria: ganho e perco com muita naturalidade e mantenho essa postura. Não fico debruçado sobre o passado”, alfinetou de forma clara o PT. Questionado sobre a futura conversa que o governador pretende ter com o PMDB disparou que: “Com muita tranquilidade irei ao diálogo se o governador quiser conversar”. (Por Fernanda Chagas)
Tarcízio acerta com Ildes projeto de Cidade Digital para Feira
O município de Feira de Santana ganhará dentro de alguns dias o projeto Cidade Digital. O anúncio foi feito na manhã de ontem, durante audiência entre o prefeito Tarcízio Pimenta (DEM) e o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Ildes Ferreira, no Centro de Atendimento ao Feirense (CEAF). O projeto Cidade Digital, uma das metas de campanha de Tarcizio Pimenta, visa dotar o município de uma infra-estrutura de comunicação de dados e serviços, agregados através de uma rede de alto desempenho que suportará serviços da Internet, Intranet e aplicações coorporativas, podendo ser expandida para que possam ser agregados outros serviços, a exemplo de Volp, Videoconferências, aplicações de telemedicinas, entre outros. O secretário Ildes Ferreira afirmou que Feira de Santana será o primeiro município a receber o projeto, que vai se beneficiar com uma tecnologia de banda larga com baixo custo para a comunidade. “O projeto, uma vez implantado, vai democratizar o acesso aos meios de comunicação e às novas tecnologias, proporcionando o desenvolvimento econômico e social da cidade”, declarou. Para o prefeito Tarcízio Pimenta, a parceria na área de tecnologia tem grande importância para o município, que é essencial para o seu desenvolvimento. “Com certeza, vamos unir forças para a concretização desse projeto”, declarou Tarcizio. (Por Evandro Matos)
Governador e prefeitos baianos participam de encontro com Lula
Combate à mortalidade infantil, analfabetismo, sub-registro civil e pobreza são alguns dos temas a serem abordados no encontro que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, terá com os novos prefeitos e prefeitas de todo o Brasil nos dias 10 e 11 deste mês, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Será o primeiro encontro dessa natureza realizado pelo governo federal. Ele acontece três meses depois do pioneiro encontro baiano realizado pela Secretaria Estadual de Relações Institucionais (Serin), em novembro do ano passado, em Salvador. No encontro nacional, a expectativa da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República é que o evento reúna 3,5 mil gestores municipais de todo o Brasil, além de secretários e asses-sores. Devem participar do evento, que terá a presença do governador Jaques Wagner e do secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, 350 gestores baianos. Um dos objetivos do encontro é antecipar pontos específicos das políticas do governo federal com os novos prefeitos. Para isso, será distribuído um catálogo com todos os programas sociais e seus respectivos responsáveis nos ministérios, além de uma revista com dicas para receber obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), verbas do Programa Nacional Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), entre outros. O governo também apresentará aos prefeitos, a proposta de regulamentação do processo de transição de governos. O texto, em negociação com o Congresso, prevê regras e prazos para que o governante repasse dados ao seu sucessor no âmbito federal, estadual ou municipal. O objetivo é estabelecer normas para a formação da equipe de transição e as penalidades para o governante que não cumprir a lei, além das já previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal. As regras gerais seriam regulamentadas pelos estados e municípios. Durante o encontro, os novos prefeitos receberão manuais para auxiliá-los no início de seu mandato. O material trará informações sobre aspectos legais que eles devem cumprir nos primeiros dias de seu governo, dados que devem obter do governante anterior, dicas sobre elaboração dos instrumentos orçamentários e várias informações importantes para iniciar bem a gestão municipal. Segundo o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da presidência, Alexandre Padilha, haverá discussão sobre os principais entraves na relação entre as prefeituras e o governo federal. “Vamos debater os principais obstáculos dos investimentos nos municípios. No caso do PAC, por exemplo, os prefeitos serão orientados sobre o passo a passo do programa”, disse Padilha.
Fonte: Tribuna da Bahia