quarta-feira, dezembro 24, 2008

ACM Neto afirma: PT quer apoio, mas não sabe apoiar

O deputado Federal ACM Neto (DEM) fez um balanço do ano de 2008 e falou das perspectivas para 2009 na manhã de ontem. Em entrevista ao telejornal Bahia Meio-Dia, ele relatou as medidas tomadas no Congresso Nacional para enfrentar a crise econômica mundial. O ponto forte da entrevista do deputado federal ACM Neto foi o diagnóstico da atual cena política baiana traçado pelo líder do DEM. ACM Neto afirmou que as eleições de 2008 mudaram a correlação de forças políticas do Estado. Quando questionado sobre a crise entre o governador Jaques Wagner e o prefeito de Salvador João Henrique Carneiro, Neto respondeu: “O PT sabe receber apoio mas não sabe apoiar. Depois que João participou do evento com o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o governador ficou estressado.” Ele também disse que o rompimento com o PMDB não é interessante para o governador Jaques Wagner.” O papel do DEM é ajudar a cidade” disse o deputado que acredita que o prefeito João Henrique merece um voto de confiança. O apoio do DEM, essencial para a reeleição do prefeito João Henrique, é incondicional, não haverá indicações de cargo, afirmou ACM Neto.Neto afirmou que a bancada do Democratas não vai apoiar a reeleição do deputado estadual Marcelo Nilo (PSDB) à presidência da Assembléia Legislativa da Bahia por acreditar que a Casa deve ser mais autônoma. ”Nesses últimos três meses a oposição demonstrou uma postura responsável. Fui dialogar com o presidente do Banco Central, Henrique Meireles e com o ministro Guido Mantega . Aprovamos todas as medidas de urgência enviadas pelo governo” afirmou o deputado.
Candidato do PMDB defende autonomia da UPB
O prefeito de Bom Jesus da Lapa, Roberto Maia, anunciado ontem como o candidato do PMDB à presidência da UPB (União dos Municípios da Bahia) disse que a independência política e a proximidade com os problemas dos municípios mais pobres são os pilares de sua candidatura. “A UPB deve continuar se consolidando como uma espécie de sindicato dos prefeitos. Quero prosseguir a política de qualificação das prefeituras e de defesa dos municípios, independentemente dos interesses dos governos estadual e federal e de partidos políticos”, afirmou o prefeito Roberto Maia. O próprio presidente do PMDB da Bahia, Lúcio Vieira Lima, referenda as idéias de independência partidária da UPB. Para Lúcio, a UPB é uma entidade de planejamento e assessoramento que não pode ser controlada por nenhum partido. “O partido e o ministro Geddel Vieira Lima estarão sempre à disposição da entidade no que diz respeito à facilitação e encaminhamento de pleitos, mas sem pretender nenhuma ingerência política”, afirmou ao lembrar que o municipalismo sempre foi bandeira do PMDB. Na vertente do municipalismo, uma das lutas que Roberto Maia quer levar adiante, com a ajuda do ministro Geddel Vieira Lima em Brasília, é a proposta de mudança de critério do repasse do ICMS. Segundo Maia, 17% dos municípios da Bahia concentram 60% do ICMS gerado no Estado. Para mudar esse quadro, ele defende que o critério de repasse não seja mais pelo local da arrecadação e sim pelo número de habitantes. “É a forma mais justa e democrática de distribuição dessa riqueza”, afirma. E para que os recursos dos impostos sejam melhor aplicados, o candidato do PMDB propõe a continuidade da política de profissionalização da UPB. Sob sua presidência, ele diz que as áreas de engenharia, arquitetura e jurídica serão reforçadas para que os prefeitos possam ser assistidos na elaboração de projetos técnicos para obras e também em caso de defesa contra acusações de irregularidades na administração. “A imagem dos prefeitos está desgastada e isso precisa mudar”, disse. Outra meta de Roberto Maia é a interiorização da UPB, ou seja, o reforço dos laços da UPB com associações regionais e diretamente com as prefeituras, sobretudo as mais pobres.
Fonte: Tribuna da Bahia