Reajuste será aplicado às ligações locais, chamadas para celulares e interurbanos
BRASÍLIA - As contas de telefone fixo ficarão mais caras a partir dessa quinta-feira. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou ontem os índices de reajuste das tarifas. Para os usuários da Bahia, região atendida pela Oi, o aumento será de 2,76%. Já para as regiões atendidas pelas companhias Telefônica, Brasil Telecom, CTBC e Sercomtel, a elevação será de 3,01%. Juntas, essas empresas respondem por 35 milhões de clientes em todo o território nacional.
O aumento será aplicado às ligações locais entre telefones fixos, chamadas de fixos para celulares e interurbanos feitos a partir de telefones fixos. Para aprovar o reajuste, a Anatel levou em conta a variação de 4,46% registrada no Índice de Serviços de Telecomunicações (IST), de junho de 2007 a maio de 2008. Sobre o IST, foi aplicado um redutor (Fator X) que permite que sejam repassados às tarifas os ganhos de produtividade das empresas, o que resultou em um porcentual mais baixo de aumento.
Os reajustes devem entrar em vigor na quinta-feira porque as empresas são obrigadas a publicar, 48 horas antes de iniciarem a cobrança, os novos valores das tarifas em jornais de grande circulação nas regiões onde atuam. Também terá aumento, de 2,53%, o valor do crédito usado em orelhões, que subirá de R$0,1185 para R$0,1215. Segundo o gerente de tarifas e preços da Anatel, Wanderlei Campos, a agência não aprovou reajuste para as tarifas da Embratel porque a empresa não entrou com pedido na agência.
Nos casos de serviços locais, o índice de reajuste é o mesmo tanto para assinatura quanto para o minuto de duração da ligação. Já para as ligações interurbanas, as empresas podem optar por aplicar um aumento de até 9,6822% em determinado horário em que a chamada é feita, desde que reduzam o índice em outro horário, de maneira que a média entre os reajustes não ultrapasse 2,7651% para a Oi e 3,0118% para as demais empresas.
Campos não soube informar qual será o impacto do reajuste na inflação, mas deverá ser maior do que o do ano passado, quando o IST foi de 2,91% e os reajustes variaram de 1,8% a 2,2%. O IST passou a ser usado para corrigir as tarifas em 2006, substituindo o IGP-DI. O indicador é uma cesta formada por vários índices, com maior participação do IPCA, e leva em conta também os custos das operadoras de telefonia. (AE)
Fonte: Correio da Bahia