Advogados do casal afirmam que vão entrar com pedido de habeas corpus
A perícia médica que toma conta do caso Isabella Oliveira Nardoni concluiu que a menina foi espancada antes de morrer. Em reunião, quinta-feira, os peritos do Instituto Médico Legal (IML) analisaram as fotos tiradas durante a necropsia e encontraram vários indícios de que a criança sofreu agressão, antes de cair ou ser atirada do sexto andar.
Por causa de lesões na perna de Isabella, dentistas foram chamados para apurar se o ferimento havia sido causado por mordidas. A hipótese foi descartada, porém, uma hemorragia no cérebro, presente em casos que a Medicina Forense chama de Síndrome da Criança Espancada, foi encontrada no primeiro exame de cadáver.
Sofrimento
Uma lesão cervical levanta a hipótese de que a criança sofreu estrangulamento, mas a suspeita de que ela foi sufocada é a mais aceita pelos especialistas do IML no caso, que aguardam o resultado de uma análise em um osso localizado na parte anterior do pescoço. Se ele estiver lesionado, o estrangulamento passa a ser a causa provável da morte da criança.
Isabella tinha uma fratura localizada próxima ao pulso, o que levanta a suposição de que foi causada enquanto estava viva, por meio de uma torção. Manchas no pulmão ocasionadas pela asfixia indicam que ela sofreu. Os dedos roxos da menina e as manchas vermelhas em seu coração são sinais de que seus tecidos sofreram desoxigenação.
Como a criança não sofreu hemorragias ou politraumatismos no tórax ou no abdome, não se pode concluir, ainda, se ela morreu de asfixia ou com a queda do sexto andar.
Ontem, os advogados do pai e da madrasta de Isabella, confirmaram que vão entrar com pedido de habeas corpus para revogar a prisão de seus clientes. No habeas corpus, os advogados também vão pedir o relaxamento da prisão da madrasta de Isabella, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá. Eles alegam que o casal não tem antecedentes criminais, tem endereço fixo e não atrapalha as investigações.
Fonte: JB Online