quinta-feira, março 20, 2008

Estado erra e não envia mensagem de aumento

proposta do governo do Estado de reajuste salarial dos servidores públicos ativos e inativos que deveria chegar à Assembléia Legislativa não teria sido entregue pela Secretaria de Administração do Estado por um erro no cálculo do reajuste. Ontem, o deputado Heraldo Rocha, líder do DEM na Casa, lamentou o erro da secretaria e propôs ao governador Jaques Wagner que, ao invés de um projeto de lei, autorize um abono salarial de 9,21% para todos os funcionários públicos que tenham seus vencimentos vinculados ao salário mínimo. O deputado afirmou que o abono seria a única maneira de o governador Jaques Wagner cumprir sua promessa de campanha de igualar o salário base dos funcionários ao mínimo nacional. Rocha reforçou que, apesar da publicação no Diário Oficial de que a proposta já estaria na Assembléia, até o final da tarde de ontem, o governo não tinha enviado nada. O líder democrata disse ainda que é necessária uma discussão criteriosa e séria da mensagem, e a folha de pagamento tem que ser fechada. Portanto, a única maneira dos funcionários não ficarem sem aumento neste mês seria com o abono. “O atual governo prometeu muito ao funcionalismo publico na campanha eleitoral e agora é hora de honrar a palavra dada. Por isso a bancada de oposição está fazendo esta proposta no intuito de ajudar o governo a cumprir ao menos esta promessa de campanha, já que em outras áreas quase nada do que foi anunciado está sendo realizado”, alfinetou. O valor do reajuste anunciado pelo governo seria de 4,46% já neste mês, percentual menor do que o aumento que o governo federal concedeu ao salário mínimo, que saltou de R$380 para R$415 (9,21%). Além do reajuste linear, a proposta contém outros benefícios acordados nas mesas setorias de negociação com representantes dos sindicatos dos servidores da Justiça, da educação básica e superior (incluindo os técnicos), do Departamento de Estradas e Rodagens (Derba) e do fisco. O governo ainda negocia com as categorias da Segurança Pública - Polícia Civil e Militar - e da Saúde. A assembléia do Sindsaúde aconteceu ontem, às 17h, no auditório da Associação dos Funcionários Públicos, na Avenida Carlos Gomes, em Salvador. A categoria reivindica correção da Gratificação de Produtividade, revisão do plano de carreira e liberação dos processos pendentes de insalubridade. Indicativo de paralisação pode ser analisado. Segundo informe do Sindsaúde, o governo avançou pouco nas propostas apresentadas na mesa setorial. (Por Carolina Parada)
Jonas Paulo assume de olho no PT no interior da Bahia
Depois da realização do terceiro turno do PED, que elegeu o sociólogo Jonas Paulo para a sua presidência, o PT corre contra o tempo para abrir o debate sobre as eleições municipais deste ano. Além de Salvador, a terceira maior cidade brasileira e a maior do Nordeste, o partido quer discutir também as eleições no interior do Estado, espaço fundamental para a pavimentação do terreno para a disputa de 2010. “Estamos de olho no interior do Estado, e Feira de Santana também vai ser prioridade”, adiantou o novo presidente, Jonas Paulo. Antes, porém, Jonas Paulo vai ser empossado na presidência do partido, em ato marcado para a próxima terça-feira, dia 25, no Salão de Convenções do Fiesta Hotel, no Itaigara, às 10 horas da manhã. Na mesma data, a vereadora Vânia Galvão também será empossada para comandar o diretório municipal de Salvador. Depois de dar posse aos novos presidentes, o partido vai comemorar com uma festa entre os seus militantes, em local ainda a ser definido. Na próxima segunda-feira, Jonas Paulo vai a Brasília participar de uma reunião do diretório nacional, quando a legenda irá discutir políticas de alianças para as eleições de 2008. O presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini, comandará esta reunião e, no dia seguinte, viajará para a Bahia para participar da posse oficial de Jonas Paulo no comando do PT baiano. No próximo dia 29, será a vez da posse das novas diretorias das executivas estadual e municipal. A escolha dos nomes será definida no início da próxima semana, de acordo com a proporcionalidade de votação das chapas. Somente depois de todo este processo o PT irá sentar para discutir sobre as eleições municipais de 2008. Para Salvador, de acordo com a tese de Jonas Paulo, deve ser lançada uma candidatura de esquerda e outra de centro. “Particularmente, defendo o lançamento de duas candidaturas, uma do campo de esquerda e outra do Centro”, disse o novo dirigente petista, definindo a melhor estratégia para os partidos da base governista. De acordo com o petista, embora não tivesse declinado nomes, a candidatura de esquerda poderia vir de um filiado do PT, entre os deputados Nelson Pelegrino e Walter Pinheiro e o secretário estadual Luiz Alberto, ou de nomes já colocados, como da deputada Lídice da Mata (PSB e da vereadora Olívia Santana (PCdoB). Destes nomes, um poderia ser escolhido para comandar a Frente de Esquerda. (Por Evandro Matos)
“Não me querem no 2º turno”, diz Imbassahy
“Vivemos um tempo de muita especulação, de muitos adversários que não me querem no segundo turno, mas vão se frustrar. Eu tenho dados bons indicando que chegarei lá”, disse o ex-prefeito Antonio Imbassahy, novamente candidato ao cargo, agora pelo PSDB. Ele reagia à pergunta óbvia de, caso eleito em outubro próximo, como será seu comportamento nas eleições presidenciais de 2010, quando um tucano, possivelmente José Serra, enfrentará um candidato que terá o apoio do presidente Lula. Como se sabe, a existência, na Bahia, da autoritária liderança do falecido senador Antonio Carlos Magalhães determinou uma aproximação do PSDB local com o PT e demais partidos de esquerda, ao contrário do que acontecia no plano nacional, onde os tucanos eram aliados do antigo PFL, hoje DEM. Essa unidade ocorreu quando da primeira eleição do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1994, levando o grupo do líder tucano na Bahia, o deputado Jutahy Jr., a votar em Lula para presidente. Naquela época, participou ativamente desse processo de rompimento a então prefeita Lídice da Mata, que tinha sido eleita pelo próprio PSDB e, assim como Jutahy, não aceitava subir no mesmo palanque que ACM. A paz no tucanato foi restabelecida em 1998, na reeleição de FHC, quando foram delimitados os espaços de Jutahy e ACM no governo federal e Lídice já havia mudado para o PSB, onde permanece. Imbassahy, ex-prefeito carlista que se distanciou de ACM quando este ainda detinha o poder, não quer saber de querelas antigas nem futuras. “Tudo que posso dizer”, afiançou, “é que vou fazer parte do campo do governador Jaques Wagner. O momento atual ainda é de muitas indefinições, por isso não me traga problemas relativos a 2010, que não posso antecipar”. Entretanto, o ex-prefeito recordou que o deputado Jutahy Jr. votou em 2006 no seu correligionário Geraldo Alckmin para presidente e na Bahia ficou com o petista Wagner sem que isso significasse um impasse ou uma incoerência. Mantendo seu foco em 2008, quando, entre os adversários mais expressivos, enfrentará pelo menos o prefeito João Henrique (PMDB) e o deputado federal ACM Neto (DEM), Antonio Imbassahy empenha-se na campanha, e não é raro o dia em que dá entrevistas a emissoras de rádio e TV, visita bairros e faz contatos importantes até fora do Estado. Nos últimos dias, por exemplo, esteve com os prefeitos de Belo Horizonte e Curitiba, respectivamente Fernando Pimentel (PT) e Beto Richa (PSDB), além do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). “Faço esse trabalho”, explicou, “porque, mais do que em partidos, devemos pensar nas pessoas da cidade. É importante uma boa equipe, mas é também essencial ter bons projetos, e eu estou procurando conhecer experiências que deram bons resultados em outras grandes capitais brasileiras”. Depois de dizer que a população deseja um prefeito que possa “restabelecer as finanças e os serviços públicos de Salvador, Imbassahy reiterou: “É isso que me move. As projeções para 2010 são coisa suplementar”. A informação publicada na imprensa nacional de que o presidente Lula incentiva alianças eleitorais entre o PT e o PSDB em “cidades estratégicas”, tendo sido citadas Salvador, Belo Horizonte e Aracaju, representa “um estímulo” para Imbassahy, que reconhece, entretanto, a existência de “vários” candidatos da base de Wagner. Ele valoriza, neste caso, “a boa convivência e a relação integrada do futuro prefeito com os governos estadual e federal para o sucesso da administração”. O PSDB terá na campanha, como tempo próprio da legenda, 2 minutos e 39 segundos de TV. Num quadro em que haja, por exemplo, dez candidatos, o partido somaria mais 1 minuto, perfazendo um horário que Imbassahy considera suficiente para expor suas idéias e projetos, aproveitando o fato de já ser conhecido da população de Salvador. (Por Luis Augusto Gomes)
PV conduzirá debate ambiental no âmbito do PDDU
No dia do aniversário de três anos de criação da Superintendência de Meio Ambiente por João Henrique, o prefeito propôs ao PV (Partido Verde) a condução do processo de regulamentação relacionado ao meio ambiente no âmbito do PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano). A decisão foi tomada durante visita de altos dirigentes do PV na Bahia: o secretário de Meio Ambiente do Estado da Bahia, Juliano Matos; a diretora do CRA (Centro de Recursos Ambientais), Beth Wagner e o Superintendente do Meio Ambiente da Prefeitura do Salvador, Ary da Mata. Com esta decisão, o prefeito quer tranqüilizar os ambientalistas e tirar dúvidas no sentido de que a prefeitura do Salvador não abre mão e nunca descuidou da proteção e da valorização do meio ambiente na capital. Juliano Matos explicou que o PV foi convidado pelo prefeito para colaborar decisivamente nas questões ambientais previstas no PDDU, para que a cidade cresça com qualidade ecológica, ambiental e auto-sustentável. Beth Wagner afirmou que João Henrique mostrou-se decidido a equilibrar o desenvolvimento social com a qualidade ambiental. O superintendente do Meio Ambiente, Ary da Mata, explicou que o PV vai ?detectar quais são os impactos ambientais e de que forma podem ser compensados. A visita dos dirigentes do PV ao prefeito João Henrique teve caráter político, quando reiteraram o apoio do partido à administração municipal, e caráter administrativo.
Fonte: Tribuna da Bahia