terça-feira, fevereiro 19, 2008

Serra lidera em todas simulações para 2010

BRASÍLIA - Segundo a pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem, o governador de São Paulo, José Serra, lidera as intenções de voto em todas as listas apresentadas aos entrevistados, tanto no primeiro como no segundo turnos da eleição presidencial de 2010. Na primeira lista, o tucano Serra conta com 38,2% das intenções, seguido de Ciro Gomes, do PSB, com 18,5%; Heloisa Helena, do PSOL, com 12,8%; e Dilma Rousseff, petista e ministra-chefe da Casa Civil, com 4,5%.
Em outra lista, Dilma é substituída pelo ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Serra, nesse caso, conta com 37,5% das intenções de voto, Ciro com 19,6%, Heloisa Helena com 13,9% e Patrus com 3,4%.
Quando o candidato do PT é o ministro da Justiça, Tarso Genro, Serra aparece com 37,3% das intenções, Ciro com 19%, Heloisa Helena com 13,3% e Tarso com 4,9%. Em uma lista em que Serra não aparece, Ciro Gomes lidera com 25,8% das intenções, seguido por Heloisa Helena com 19,1%, Aécio Neves, do PSDB, com 16,6% e Dilma Rousseff com 5,4%.
Nas simulações de segundo turno, Serra também vence em todas as listas apresentadas. Diante do candidato do PT, a folga do tucano é bem maior. Contra Patrus Ananias, Serra venceria por 59,1% contra 8%. Na disputa com Dilma Rousseff, venceria com 57,9%, ante 9,2%.
Já em um eventual embate contra Tarso Genro, Serra teria 57,5%, e o ministro da Justiça teria 10,1%. Serra só venceria com um placar mais apertado a disputa com Ciro Gomes, com 46,5%, enquanto o deputado cearense teria 25,5%.
A pesquisa também fez duas simulações considerando Aécio Neves no segundo turno, enfrentando Dilma Rousseff e Tarso Genro. O tucano vence nas duas simulações. Contra Dilma, ele teria 36,9%, ante 14,5% da ministra; e contra Tarso, 36,1%, ante 15,5% do petista.
Apoio de Lula
Apesar do desempenho fraco dos candidatos do PT nas simulações, Guedes afirma que, se o nome for "palatável", o apoio do presidente Lula provavelmente vai colocar o candidato no segundo turno. O mesmo raciocínio vale para candidatos de outros partidos da base aliada que venham a ser apoiados por Lula.
Essa força pode ser medida no levantamento das intenções de voto na pesquisa espontânea. Mesmo não podendo se candidatar à reeleição, Lula foi citado por 18,6% dos entrevistados, liderando as intenções de voto espontâneo. Em segundo lugar apareceu Serra, com 5,1%, seguido de Aécio Neves, com 3%; Geraldo Alckmin, com 2,1%; Ciro Gomes, com 1,2%; e Fernando Henrique Cardoso, com 1%.
O diretor da Sensus destacou o fato de que 57,1% dos entrevistados não indicaram nenhum candidato, o que somado, com os 18,6% atribuídos a Lula, mostra um cenário eleitoral para 2010 ainda bastante indefinido. A pesquisa constatou que 9,6% dos entrevistados votariam somente em um candidato apoiado pelo presidente nas eleições municipais deste ano.
Outros 27,2% disseram que poderiam votar no candidato do presidente. Segundo o Guedes, a soma dos dois resultados forma o limite de voto transferido pelo presidente. De acordo com a pesquisa, 25,9% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum no candidato de Lula. Um nível de rejeição que não inviabiliza as candidaturas apoiadas por Lula, avalia Guedes, o que ocorreria se a rejeição superasse 40%.
Licença por pleito
A maioria dos entrevistados é contra o ato de ministros, secretários ou altos funcionários da administração federal ou estadual deixarem seus cargos para se candidatarem a prefeito, é o que aponta a pesquisa. Para 50,8%, essa postura não é positiva nem legítima, enquanto 30,8% consideram o movimento positivo e legítimo. Já para 11,6% dos entrevistados, a manobra é indiferente.
A pesquisa aponta que o principal critério de escolha para prefeito é ser bom administrador, com 39,6%. O critério seguinte é estar atento às questões sociais, apontado por 25,9% dos entrevistados, e o terceiro item foi o compromisso com a geração de empregos, apontado por 19,8%.
De acordo com a pesquisa, a informação que as pessoas mais consideram na escolha do candidato é o contato direto com o político, com 44,2%. Para 26,3%, os programas eleitorais de rádio e TV são as informações que mais consideram na hora de escolha do seu candidato. Para 12,1%, a opinião de amigos e familiares é a mais importante, seguida dos comícios, com 7,8%, e da opinião de pastores, padres e lideranças comunitárias, com 4%.
Fonte: Tribuna da Imprensa