Desta vez o bolso falou mais alto que tradicional imprudência. A fiscalização ostensiva da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o fluxo menor de carros e a conscientização maior dos motoristas foram as principais causas para a diminuição do número de acidentes nas rodovias federais durante o feriado do ano-novo, em comparação com o do Natal. Balanço divulgado ontem pela Polícia Rodoviária mostra que 99 pessoas morreram e 1.276 ficaram feridas em 1.738 acidentes ocorridos nas estradas federais do país durante o último feriado prolongado.
Os registros, feitos entre os dias 28 de dezembro e 1º de janeiro, apontam uma diminuição de 49,5% no total de mortes e de 32,1% nos acidentes em comparação aos cinco dias do feriado prolongado de Natal, de 21 a 25 de dezembro.
Para a Polícia Rodoviária, o esquema especial de fiscalização - que contou com radares e bafômetros - intimidou os motoristas e reduziu a violência nas estradas.
Durante a fiscalização, mais de 100 mil veículos foram abordados e 22 mil multas, aplicadas - um aumento de 9,3% na soma de veículos fiscalizados e 19,2% na quantidade de infrações, também em relação ao Natal.
Até o dia 2 de março, a PRF realiza a chamada Operação Verão em todas as rodovias federais do país.
Os números da violência nas estradas durante o feriado prolongado de Natal surpreendeu porque, historicamente, o Carnaval é o feriado com maior número de mortes - principalmente por causa do consumo excessivo de álcool.
Na ocasião, o inspetor Alexandre Castilho, chefe da comunicação da PRF, afirmou que os números de acidentes subiram porque, entre 2006 e 2007, houve um aumento de 30% de veículos em circulação nas rodovias federais, durante feriados.
Para o inspetor, o fato teria ligação inclusive com o crescimento da economia e com os efeitos da crise aérea.
Ainda de acordo com a Polícia Rodoviária, as estatísticas registradas no feriado de Natal levaram a ajustes na Operação Ano Novo. Em alguns Estados, foram montadas escalas extras, com a convocação de agentes de folga e emprego de policiais do serviço administrativo.
Fonte: JB Online