"A pedra fundamental de toda a liberdade é a liberdade de imprensa. Sem ela, todas as demais liberdades desaparecem, porque o povo está indefeso, sem conhecimentos, carente de informação".
Assim a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), entidade representada por mais de 750 jornais e revistas do continente americano, reagiu contra a estratégia do presidente Castello Branco de enviar à Câmara e ao Senado um projeto para votação da Lei de Imprensa, durante o recesso de fim de ano das duas casas. Como previsto no decreto AI-4, em vigor naquela época, todo projeto encaminhado ao Congresso deveria ser votado em até 30 dias, restando muito pouco tempo para que o Legislativo examinasse, discutisse e votasse a matéria.
O manifesto da SIP, assinado por seu presidente do Comitê Executivo, Robert Brown, e pelo presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa, Tom Harris, condenou a proposta do presidente brasileiro, acusando-o de iniciar uma nova época de controle do jornalismo no país, por força de uma lei destinada a sufocar expressões, críticas e opiniões acerca dos assuntos governamentais.
Fonte: JB Online