segunda-feira, novembro 26, 2007

O pensamento dos militares

A revista Veja desta semana traz na capa a Radiografia dos militares. 50% deles acham que é possível fazer uso de métodos não ortodoxos, como tortura, no combate ao narcotráfico e ao crime organizado. 50% pensam o mesmo em casos que envolvem a segurança nacional e 18,2% aprovam tortura em crimes comuns. 35,4% dizem não em qualquer caso - entre civis a repulsa sobe para 50,8%. Sobre a participação do Exército no combate à criminalidade, 43,8% dos militares concordam; a aceitação vai a 87,9% entre os civis. 82,6% dos militares opinam que a Amazônia corre o risco de ser ocupada por potências estrangeiras. Veja destaca ainda o fato de que o plástico é o novo vilão da ecologia.
Contra tiros, mais balasA revista IstoÉ - com a capa A nova revolução das células-tronco, sem uso de embriões humanos - traz uma entrevista com o músico e ativista Marcelo Yuka. Ao tentar socorrer sua mulher em um assalto, em 2001, o músico levou seis tiros que o deixaram paralisado da cintura aos pés. Para ele, polícia que tortura e mata não tem saída. Yuka diz que o Rio faz há 300 anos a política de responder a tiros com mais balas. "É fácil a polícia dizer que vai haver vítimas, uma vez que não é a filha do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, que vai morrer. A mensagem do filme Tropa de elite é a de que é melhor ter um policial torturador e assassino do que um policial corrupto, comenta". IstoÉ escreve ainda sobre a histórica passeata dos 100 mil contra a ditadura em 1968, no Rio.
Obstáculos na internetCarta Capital, com a manchete O CD já era, adverte que o produto está em extinção. A indústria busca sobrevida na isenção de impostos. Proposta do deputado federal Otávio Leite (PSDB-Rio) isenta de qualquer tributo a produção musical brasileira."Os CDs poderão ser oferecidos ao público por 12 a 13 reais. Comprar por 30 pratas? Não dá", diz. Em outro tema, a Carta Capital mostra que as operadoras de telecomunicação do Brasil, temendo concorrência, apontam obstáculos aos planos do governo de implantar uma rede pública de acesso à internet em alta velocidade. O setor privado até hoje não conseguiu oferecer uma estrutura compatível com os padrões mínimos internacionais.
A biografia do rabinoÉpoca tem manchete sobre o rabino Henry Sobel, preso por furto de gravatas, em Miami, há oito meses. "Errei, mas não sou ladrão". Na rua, em São Paulo, foi consolado por um livreiro. "Fomos nós, os judeus, que criamos o Dia do Perdão", disse-lhe. Foi Sobel que contestou a versão do porão da ditadura militar, suicídio, para a morte do jornalista Wladimir Herzog (1975). Erich Lechziner, encarregado de preparar o corpo para o enterro, comunicou que tinha descoberto sinais de violência e tortura. Por decisão de Sobel, em vez de ser enterrado numa área de suicidas, o corpo foi para uma das regiões centrais do cemitério - gesto que marcou a luta pela democracia no Brasil. "Tive problemas de saúde. Roubar gravatas não faz parte da minha biografia".
JB pergunta - Nota fiscal dá retorno?Paulo Solmucci Júnior, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), engenheiro e empresário do setor há cerca de 15 anos - "Preocupa saber que o Estado de Rio está considerando copiar a Nota Fiscal Paulista, implantada com a promessa de dar retorno parcial do tributo ao consumidor que a pedir. Além do fracasso já previsível de adesão da população, bem menor que 1%, e os gastos enormes com propaganda, a nota ilude a população e coloca mais um custo e transtorno operacional aos bares e restaurantes, setor que mais gera empregos no país. Se quiserem prestar serviço ao país, devem nos ajudar a melhorar nossa competitividade, começando pela regulamentação da taxa de serviços de garçons (os 10%) e criando condições para gerarmos 2 milhões de novos empregos com uma moderna legislação para horistas. Precisamos, mesmo, é de uso adequado da excessiva carga tributária que todos pagamos, transferindo benefícios para a população em todas as áreas, a exemplo de educação e saúde".
Fonte: JB Online