"Ele é o nosso Renan Calheiros, está todo complicado e não quer sair do poder. Há um ano faz manobras para permanecer no cargo. Fez outra eleição só para provocar a disputa judicial e ficar na presidência como o mais idoso, confiando na morosidade da Justiça", acusa o vereador Robson Silva (DEM), da oposição, vice-presidente da nova mesa diretora.
Sem poder tomar posse, o novo presidente, Nilton Cavalcante (PHS), realizou uma sessão numa escola pública na última quinta-feira. "Para evitar mais tumulto, resolvemos fazer sessões fora da Câmara até que ele desista e deixe o cargo. É uma questão de legalidade", afirmou Cavalcante.
Além do novo presidente e de outros dois membros da nova mesa, apenas um vereador compareceu à sessão da escola. No mesmo horário, Campos também presidiu sessão na sede oficial da Câmara, onde compareceram apenas outros três parlamentares.
Orçamento
O impasse pode prejudicar a cidade, cuja proposta de orçamento para o ano que vem foi entregue pelo prefeito Rogério do Salão (PDT) a Cavalcante, mas não foi protocolada na sede da Câmara.
"A lei orgânica estabelece que o mais idoso deve assumir até que a Justiça decida a contenda e por acaso o mais velho sou eu. Até agora não recebi da Justiça qualquer documento oficial, por isso não tenho como acatar decisão", disse Campos, que recusa o apelido de Calheiros da Baixada e se diz disposto a negociar até sua saída.
"Não sou Renan. Lá era uma questão de decoro parlamentar, que não é o meu caso", diz, tentando diferenciar-se do senador do PMDB que se afastou da Presidência e também se recusa a renunciar.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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A matéria acima é uma copia em preto e branco do que aconteceu na cidade de Jeremoabo/Bahia, com uma única diferença, aqui não foi divulgado na grande imprensa; ainda se encontra no Tribunal em fase de recurso