Por Naira Sodré
Ingerir ovos crus ou mal cozidos traz sérios riscos à vida humana, provocando infecções gastrointestinais até mesmo a morte. Mas, apesar do perigo, surtos de salmonelose continuam a ser comuns. Muitas pessoas ignoram o problema e insistem neste tipo de consumo, que tem deixado os agentes sanitários do mundo todo em alerta. O ovo contaminado provoca diarréia, cólicas e desidratação. Em muitos casos, explica o nutricionista Fernando Costa Santana, a salmonelose é uma doença autolimitada, mas, particularmente nas crianças e idosos, pode ser grave o suficiente para requerer internamento hospitalar, por se tornar invasiva. Para o médico infectologista Francisco Gomes, o recomendado, para evitar, a doença é comer ovos muito bem cozidos. Segundo ele, existem diversas subespécies de Salmonella, que estão presentes em várias espécies de animais, algumas dessas espécies podem causar gastroenterites nas pessoas que ingerem o alimento contaminado. Para evitar a contaminação do ovo por bactérias do gênero Salmonella são necessários alguns cuidados nas etapas de compra, refrigeração, cozimento e manipulação do produto alimentar. Tanto o nutricionista quanto o médico recomendam que no momento da compra de ovos, o consumidor deve escolher os que possuem casca limpa e sem rachaduras. Ele observa ainda que a cor da casca não interfere na qualidade sanitária do produto. Tanto Francisco Gomes quanto Fernando Costa, chamam a atenção para o fato de que o ovo deve estar refrigerado no ponto de venda e é conveniente não reaproveitar as embalagens para evitar contaminação de outros alimentos no caso de ovos com Salmonella. Segundo ele, o FDA (Food And Drug Administration), órgão que controla a qualidade dos produtos norte-americanos recomenda a imediata refrigeração dos ovos no domicílio, em sua embalagem original, com temperatura entre 4 e 5° C (um refrigerador doméstico comum mantém 4° C de temperatura ou menos). Ele chama a atenção para o fato de que, nesta temperatura recomendada, o ovo deve ficar na parte mais fria da geladeira (prateleiras) e não na porta. Apesar de chamar atenção para o problema, Fernando Costa e Francisco Gomes afirmam que ovos crus podem ser usados num prazo de até cinco semanas da compra, desde que se saiba a procedência e que se adquira seguindo os critérios de comprar ovos que não tenham manchas na casca e que não estejam rachados. Os ovos duram até uma semana depois de cozidos (com ou sem a casca). Se retirados da casca, a gema ou a clara podem durar quatro dias na geladeira. No congelador, o ovo sem a casca, ou a clara ou a gema isoladas podem ficar até um ano. A recomendação inclui ainda a lavagem das mãos, utensílios, equipamentos e área de trabalho com água quente (ou vapor), sabão e enxagüe antes e depois da manipulação com o ovo ou com alimentos ricos em ovos. O nutricionista Fernando Costa, diz que as preparações com ovos são seguras se alcançarem 72° C, temperatura na qual o microrganismo não sobrevive. E chega a fornecer uma tabela para quem gosta de ingerir ovos de várias maneiras: ovos pochê: 5 minutos em água fervente ovos fritos: 3 minutos de cada lado ou 4 minutos em panela tampada ovos cozidos: 7 minutos em água fervente ovos mexidos: devem ser cozidos até ficarem firmes
Risco zero de contaminação
Países como Suécia, Holanda, Inglaterra e Gales, França, Grécia e Espanha se preocupam com o problema, e investem em pesquisas para acabar ou reduzir a quase zero a contaminação de Salmonella através dos ovos. Na Suécia, por exemplo, desde 1990 que 90% das criações de poedeiras são sujeitas a pesquisa de salmonela antes do abate e também durante o período de produção de ovos e este procedimento tornou-se obrigatório em todo a produção desde 1994. A partir de 1991, as galinhas passaram a ser alimentadas apenas com rações tratadas pelo calor, durante o período de crescimento e freqüentemente durante o período de produção de ovos. Também foi imposto o controle das aves importadas, o que, provavelmente, tornou-se o fator mais importante na prevenção da contaminação por Salmonella.
Servidor público ganha o Hospital da Bahia
O Hospital da Bahia assinou convênio que permitirá atendimento em suas modernas unidades de cardiologia, referência nacional, aos beneficiários do Planserv. De acordo com o superintendente do Hospital da Bahia, Jadelson Andrade, o HB dará suporte aos pacientes de cardiologia, referenciados pelo Planserv, sobretudo os portadores de doenças agudas isquêmicas do coração, como infarto e angina do peito. “Serão disponibilizados o corpo médico qualificado, todo o suporte tecnológico, acompanhamento, diagnóstico, tratamento clínico, cirúrgico, tratamento por intervenção hipercutânea através de angioplastia, além de uma das mais avançadas unidades hemodinâmica do mundo”, salientou Jadelson Andrade. Para o secretário de Administração do Estado da Bahia, Manoel Vitório da Silva Filho, o convênio com o Hospital da Bahia é o início da reformulação do atendimento aos beneficiários do Planserv. “O Planserv é o maior plano de saúde do Estado, mas acumula falta de estrutura e recursos deficitários. Esse convênio faz parte do processo de qualificação da rede, estamos implantando um novo parâmetro de atendimento e acolhimento aos beneficiários”, disse Manoel Vitório.
Fonte: Tribuna da Bahia