SÃO PAULO - A decisão anunciada ontem pelo Conselho de Ética do Senado é mais um passo na longa crise envolvendo o presidente licenciado do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que hoje completa 172 dias. Alvo de quatro processos, Renan sofreu o primeiro impacto em 25 de maio, quando a revista "Veja" revelou que o suposto lobista Cláudio Gontijo, funcionário da empreiteira Mendes Júnior, pagaria as despesas pessoais dele.
De acordo com a revista, Gontijo pagava pensão e aluguel para a jornalista Mônica Veloso, com quem o presidente licenciado do Congresso teve uma filha fora do casamento. A amizade asseguraria outras benesses, como o uso de um apartamento de luxo.
Mônica, que migrou da crise política para as páginas da revista "Playboy", relatou que buscava o repasse, em dinheiro vivo, na sede da empreiteira. Esse primeiro processo foi arquivado pelo plenário, em votação secreta, em 12 de setembro. Mas o cerco político continua na Casa, além de um inquérito criminal aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: Tribuna da Imprensa