Levantamento divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que o salário mínimo deveria ser de R$ 1.737,16 em setembro, para suprir as necessidades básicas do trabalhador e de sua família. A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 16 capitais do País.
Com base no maior valor apurado para a cesta, de R$ 206,78, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,57 vezes superior ao piso vigente, de R$ 380.
Em agosto, o valor do salário mínimo necessário era menor, de R$ 1.733,88, e correspondia a 4,56 vezes o mínimo em vigor. O Dieese informou também que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em setembro, o conjunto de bens essenciais aumentou, na comparação com o mês anterior. Na média das 16 cidades pesquisas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 98 horas e 22 minutos para realizar a mesma compra que, em agosto, exigia a execução de 97 horas.
Fonte; TRIBUNA DA IMPRENSA