O Tribunal de Justiça do Estado de Roraima manteve, nesta quarta-feira, a pena de 9 anos e 9 meses de prisão em regime fechado para o juiz da Vara de Família Arnon José Coelho Júnior, 38 anos, acusado de estupro presumido de uma jovem de 13 anos. O tribunal também suspendeu o salário e expediu mandado de prisão do magistrado, que está sendo procurado pela polícia.
Coelho Júnior desapareceu junto com a vítima depois da condenação, ocorrida no dia 28 de junho, mesmo após tentativa da família da menina de retirar a acusação. Se não tivesse fugido, o juiz teria o direito de recorrer em liberdade.
A adolescente foi morar com o juiz aos 13 anos de idade e a denúncia foi feita, na época, pela família. O Ministério Público (MP) não recuou da denúncia, visto que a relação sexual com a menor de idade é considerada estupro presumido.
O acusado mudou de defensor ao longo do processo e não compareceu às audiências, sendo sempre representado por seus advogados. Coelho Júnior estava afastado de suas funções há dois anos, mas continuava recebendo o salário.
De acordo com o desembargador Robério Nunes, presidente do Tribunal de Justiça de Roraima, o magistrado obteve um empréstimo bancário de R$ 100 mil antes de desaparecer, para ser descontado em folha. Nunes afirmou que tratava-se de uma negociação pessoal entre o juiz e a instuição bancária, na qual o tribunal não poderia interferir.
No dia seguinte à condenação, o MP apresentou outra deúncia contra o acusado, desta vez por corrupção de menor, cuja vítima seria outra garota, de 14 anos. De acordo com os fatos narrados pelo MP, o denunciado, na mesma época em que vivia com a garota de 13 anos, teria induzido a outra vítima à prática de ato libidinoso a três e ingestão de bebida alcoólica.
Autor: Cyneida Correia
Fonte: Redação Terra