Ronaldo Jacobina
Quando receber a conta de água deste mês, o consumidor terá uma surpresa. A tarifa, que foi reajustada no último mês de março em 4,50%, sofreu um novo acréscimo em junho, de 5,27%. O aumento acumulado neste primeiro semestre do ano é de 10%. Isso significa que o consumidor terá que arcar com mais um aumento no orçamento. Somadas as duas parcelas, o acréscimo na conta da água é bem maior do que a inflação.
De junho do ano passado a maio deste ano, a taxa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 3,57%. Ou seja, o aumento na tarifa de água foi quase três vezes a inflação anual. Se comparado ao aumento dado pelo governo ao salário mínimo em abril, que foi de 8,57%, o reajuste da água também foi maior. Pela estratégia montada pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), o reajuste tarifário deveria passar despercebido pelo consumidor, já que o anúncio já havia sido feito na primeira parcela, no início do ano. Naquele período, o impacto não foi tão grande porque ficou diluído.
Segundo o presidente da Embasa, Abelardo Oliveira, a idéia de parcelar o aumento em duas vezes foi para não impactar tanto os consumidores. Mas a estratégia parece que não deu muito certo. A professora Cida Schmidt disse que tomou um grande susto quando recebeu sua conta este mês. “Meu consumo médio é de 21 metros cúbicos, e eu estava pagando cerca de R$ 34; este mês, quando o meu consumo foi de exatos 21 metros cúbicos, terei que pagar R$ 39,62”, reclama.
Fonte: A TARDE
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