Por Alessandra Nascimento
TRIBUNA DA BAHIA Notícias
Dos 32,1 milhões de usuários de Internet no País, com 10 anos ou mais, apenas 12,9% são baianos. O dado coloca a Bahia na 20ª colocação no ranking dos 27 Estados a acessarem Internet. A informação veio do suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Pnad, de 2005, realizado pelo IBGE. Segundo a pesquisa, a Bahia está a frente apenas de Sergipe, com 12,6%, Paraíba, com 12,4%, Pará, 10,9%, Amazonas, 10,5%, Piauí, 10,4%, Maranhão, com 7,7% e Alagoas, 7,6%. Os Estados que mais acessaram a internet foram: Distrito Federal, 41,1%, São Paulo, 29,9%, Santa Catarina, 29,4% e Rio de Janeiro com 26,6%. A pesquisa ainda revelou que somente 21% da população na faixa etária pesquisada acessou pelo menos uma vez a Internet no referido ano da pesquisa. A maior parte era de homens – 16,2 milhões e se encontrava entre os 30 a 39 anos. A média de idade dos internautas é de 28 anos, com 10,7 anos de estudo e rendimento médio mensal domiciliar per capita de R$ 1 mil. Outra informação vem do tipo de acesso a rede mundial de computadores: a conexão discada é mais difundida entre a população de usuários que a banda larga. Para o chefe do setor de informações do IBGE na Bahia, Joilson Rodrigues, há três circunstâncias que ajudam a promover ou dificultar o acesso à Internet: infra-estrutura, escolaridade e renda. “A Bahia é um Estado com mais de 1/3 da população morando em zona rural. Isso vai influenciar no acesso porque temos que pensar em energia como pressuposto para o computador funcionar e comunicação para acessar a Internet com telefonia e cabos”, cita. Para Rodrigues esses pontos servem de explicação para compreender o porquê de um Estado com uma das maiores economias do País está nesta posição de acesso à web. “Temos que entender também que o acesso a Internet também está associado ao nível de instrução da população. Para ter acesso a esse tipo de serviço é necessária uma competência mínima para se relacionar com novas tecnologias”, observa.
Jovens são os mais conectados
Entre os dados apontados na pesquisa, os percentuais de pessoas que acessaram a rede nas regiões Norte era de 12% e Nordeste 11,9%. Os índices foram inferiores aos verificados nas regiões Sudeste 26,3%, Sul 25,6% e Centro-Oeste 23,4%. Nas regiões metropolitanas, o mais baixo acesso foi verificado na Região Metropolitana de Belém 19,2%, única abaixo da média nacional, e o maior, da Região Metropolitana de Curitiba 34,8%. A pesquisa ainda detectou que 1/3 dos jovens entre 15 a 17 anos eram internautas e 7,3% estava na faixa dos 50 anos ou mais de idade. A proporção de pessoas que acessaram a Internet no grupo etário de 10 a 14 anos era de 24,4% e ficou acima daqueles das idades a partir de 30 anos, tanto na parcela feminina como na masculina. Cerca de 76,2% das pessoas com 15 anos ou mais de estudo acessam a Internet. Outro ponto importante envolve o nível de instrução: entre os internautas ele era bem mais elevado que o das pessoas que não utilizaram a rede. O número médio de anos de estudo dos usuários da Internet foi de 10,7 anos, enquanto o das pessoas que não utilizaram a rede ficou em 5,6 anos. Aproximadamente 35,9% dos estudantes eram internautas. No Distrito Federal o índice era de 57,5% e em São Paulo 51,2%, mais da metade dos estudantes acessavam a Internet. A pesquisa do IBGE revelou, também, que o percentual de pessoas que acessaram a Internet na população ocupada 22,9% superou o do contingente que não tinha trabalho 18,5%. A pesquisa mostrou que o acesso em estabelecimento de ensino atingiu 25,7%. Na população dos estudantes usuários da Internet, a proporção dos que a utilizaram para educação e aprendizado foi de 90,2%, seguido dos que a acessaram para comunicação com outras pessoas 69,7% e atividades de lazer 65,5%. A proporção dos estudantes que a acessaram para a leitura de jornais e revistas alcançou 40,7%. No contingente dos usuários da Internet que não eram estudantes, o maior percentual foi o das pessoas que acessaram a rede para comunicação com outras pessoas 67,8%, seguido dos indivíduos que a utilizaram para educação e aprendizado 57,5%, leitura de jornais e revistas 51,7% e atividades de lazer 45,7%. A pesquisa detectou ainda que, na população de 10 anos ou mais de idade usuária da Internet no domicílio, cerca de 52,1% tinha somente a conexão discada, 41,2% unicamente por banda larga e 6,7% ambas as formas de acesso. A região Centro-Oeste foi a única em que a proporção de pessoas que tinham somente a conexão discada 38,7% foi menor que a das que dispunham unicamente da banda larga para acessar a Internet com 57,1%. A região Nordeste teve para conexão discada 47,1% e 46,2% para a ligação por banda larga. A influência do crescimento do rendimento mensal domiciliar também interfere no percentual de pessoas que tinham conexão à Internet no domicílio por banda larga. No contingente de pessoas de zero a 1 salário mínimo de rendimento mensal domiciliar per capita que acessaram no seu domicílio, 20% utilizaram somente a banda larga e, na faixa de mais de 5 salários mínimos, esta proporção atingiu 59,8%. A pesquisa apontou que o usuário com banda larga acessa a Internet mais vezes que aqueles de acesso discado.
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