Por: Correio da Bahia
Senador afirma que debate deixou claro que petista nunca teve condições morais de ocupar a Presidência
BRASÍLIA - O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) lamentou ontem, em discurso no plenário do Senado, que a mentira faça parte do governo do poresidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governo do Partido dos Trabalhadores. “A mentira é o mote principal do presidente Lula”, disse ACM. O senador afirmou que o presidente mente, de forma inacreditável, ao referir-se a declarações atribuídas ao candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência, o tucano Geraldo Alckmin, de que, após eleito iria privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o Banco do Nordeste. “Enfim, tudo que não é verdade”, assegurou ACM.
O senador fez ainda uma avaliação da participação de Lula e Alckmin no debate de domingo, na TV Bandeirantes, quando ficou claro certos aspectos que tornam evidente o despreparo do presidente Lula em ocupar a Presidência da República. As evidências, segundo o senador, tornaram-se públicas durante o debate realizado no último domingo pela TV Bandeirantes, quando houve a “demonstração inequívoca de que o presidente da República deverá ser Geraldo Alckmin (PSDB/PFL)”.
“Era preciso, sim, um debate público para se ver ao final que o presidente Lula não poderia ser presidente e não poderá ser presidente porque não tem as qualificações indispensáveis para dirigir um país como o Brasil”, afirmou o líder político baiano. Para ele, o público teve a oportunidade de notar, desde o início do debate, que Geraldo Alckmin estava muito melhor preparado. “Por que está melhor preparado e por que não pode ser comparado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, completou.
O senador contou que assistiu ao debate, do início ao fim, pela TV. “Nunca vi em debate de televisão uma superioridade tão grande em todos os sentidos, do primeiro ao último bloco”, declarou, referindo-se ao tucano. Para ACM o presidente Lula não marcou um ponto, foi nocauteado do começo ao fim, uma derrota que começou com a pergunta: “De onde vem o dinheiro?”
A questão levantada pelo candidato do PSDB, referindo-se ao R$1,7 milhão que seria usado para a compra de um falso dossiê contra tucanos, atordoou o presidente da República, segundo afirmou o senador. “Aliás, até hoje ninguém sabe de onde veio o dinheiro”, observou. ACM referiu-se aos comentários de que os dólares e reais viriam dos Estados Unidos, mas policiais federais já admitem que o dinheiro pode ter vindo do jogo do bicho.
“Levando-se em conta que eram muito pequenas as notas, notas de jogador de bicho. Paira essa dúvida”. Para o senador baiano a pergunta era previsível, mas atingiu o petista. “Lula ficou grogue e, do princípio ao fim, não acertou coisa nenhuma”, completou.
Durante o pronunciamento, ACM aproveitou para discordar dos senadores que elogiaram a política externa do atual governo. “É o contrário. Há muito tempo a política externa do Brasil não vem dando certo, mas nunca esteve pior”, disse. O senador argumentou que a luta por um lugar no Conselho de Segurança faz com que o país atravesse situações dificílimas. “Cedendo coisas a todos os países e sempre sendo derrotado na política externa”, avaliou.
Durante o discurso, o senador exemplificou o caso da China, que negou apoio ao governo brasileiro, e com a Bolívia, cujo presidente Hugo Chavez sempre teve o apoio de Lula. “Foi assim com a Bolívia. Foi assim até com o presidente Chávez, para quem o presidente Lula deita-se para que ele passe por cima”, criticou. No caso da Bolívia, ACM lembrou que, durante o debate, o próprio Lula confessou que a Bolívia estava certa. “E que o Brasil deveria perder bilhões para o povo boliviano, que a Petrobras tinha de perder”.
Outro aspecto levantado pelo senador Antonio Carlos Magalhães foi em relação à insistência do presidente Lula em dirigir suas críticas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “A mania que ele (Lula) tem em relação ao ex-Presidente Fernando Henrique me faz perguntar: por que o presidente Lula não chama para um debate o presidente Fernando Henrique?”, sugeriu ACM.
O eventual debate entre Lula e FHC, segundo o senador baiano, poderia ser “interessantíssimo”. “Em vez de cobrar do presidente Alckmin, iria o próprio ex-presidente Fernando Henrique mostrar que ele, presidente Fernando Henrique, é o autor principal da auto-suficiência do petróleo”, afirmou.
ACM lembrou que foi o governo FHC o responsável pelo grande subida na exploração de petróleo no Brasil. “Fernando Henrique iria demonstrar que os números que Lula apresenta são falsos, tanto na saúde quanto na educação”.
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