Por: Correio da Bahia
Alckmin visitou a exposição Agopecuária de Londrina
LONDRINA, PR - O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse ontem em Londrina (norte do PR) que nem a "finada velhinha de Taubaté" acreditaria que o presidente Lula não soubesse do esquema de mensalão em seu governo. Ele descartou, porém, a proposta de pedido de impeachment de Lula. "Eu não discuto impeachment. No processo democrático isso se resolve com eleição. E vamos ganhar a confiança do povo e vencer", disse.
Alckmin ironizou a declaração feita por Lula, em Sorocaba, de que a oposição está "nervosa" com o crescimento econômico: "É um crescimento haitiano, só ficamos à frente do Haiti. Ele já disse que não tem pressa de o país crescer. É o contrário de Juscelino Kubitschek, que falava 50 anos em cinco".
O ex-governador disse que não tem medo de denúncias sobre sua administração. "O homem público tem vida pública. Logo, é natural que se investigue, mas não tenho medo de cara feia e nada a esconder. Participei de nove eleições e cumpri oito mandatos, estou acostumado a isso", afirmou.
Alckmin esteve em Londrina para visitar a Exposição Agropecuária da cidade e foi aplaudido pelos pecuaristas ao culpar a política cambial do governo Lula, "fora do ponto de equilíbrio", pelo mau momento da agropecuária. Alckmin disse que em seu governo não permitirá invasões de terra.
"Se invadir, terá que desinvadir. Reforma agrária sim, invasão de propriedade não. E isso não permitirei", afirmou. Segundo Alckmin o governo Lula pratica política do tiro no pé ao manter os juros em patamares altos. "Vamos fazer um ajuste fiscal severo e melhorar a qualidade do gasto público", disse.
Ele aproveitou para criticar ainda o governo federal por não conseguir aprovar, no Congresso, o Orçamento da União. "Esse governo tem maioria para salvar mensaleiros de serem cassados e não tem para aprovar o Orçamento. Que governo é esse?", ironizou. Ele disse não se incomodar com a entrada em cena do ex-presidente Itamar Franco, que postula disputar com Anthony Garotinho uma candidatura do PMDB à Presidência: "Esse é um problema que diz respeito ao PMDB".
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