30 de outubro de 2025
Mesmo após deixar o comando da Prefeitura de Jeremoabo, o ex-prefeito Derisvaldo José dos Santos, conhecido como Deri do Paloma, continua envolvido em novos desdobramentos jurídicos e administrativos. Desta vez, o foco é a rejeição das contas do exercício de 2020 pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA).
De acordo com decisão do órgão, os conselheiros recomendaram à Câmara de Vereadores de Jeremoabo a rejeição das contas da Prefeitura referentes ao ano de 2020, de responsabilidade do então gestor. O processo retornou à pauta após pedido de vistas do conselheiro Paulo Rangel, que acabou acompanhando o voto do relator original, conselheiro Nelson Pellegrino, pela rejeição.
A principal irregularidade identificada foi o descumprimento do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que proíbe o gestor de contrair despesas nos dois últimos quadrimestres do mandato sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para quitá-las. A documentação apresentada por Deri do Paloma não conseguiu comprovar o contrário, e o TCM manteve o entendimento de que havia um saldo negativo de R$ 1.777.757,83, evidenciando o descontrole financeiro e a falta de responsabilidade na gestão fiscal.
Além disso, o Tribunal manteve a determinação de representação ao Ministério Público Estadual (MP-BA), para que sejam apuradas eventuais práticas de atos ilícitos cometidos pelo ex-prefeito, e aplicou uma multa de R$ 4 mil.
A decisão ainda cabe recurso, mas reforça o histórico de controvérsias administrativas e suspeitas de irregularidades que marcaram o governo de Deri do Paloma. Mesmo fora do poder, o ex-gestor continua a enfrentar o peso das consequências de sua administração, deixando claro que a má gestão e o descumprimento da lei sempre encontram seu caminho de volta à justiça — um exemplo claro da chamada lei do retorno, que, cedo ou tarde, alcança a todos.
Enquanto isso, a população de Jeremoabo acompanha mais um capítulo dessa longa novela política, torcendo para que o município finalmente possa trilhar um caminho de transparência, responsabilidade e progresso, sob uma nova gestão comprometida com o interesse público e o respeito à coisa pública.
