A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou, nesta terça-feira (30), o aumento do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido como fundão eleitoral, para R$ 4,9 bilhões. Para atender à demanda, o governo federal já havia retirado R$ 1 bilhão de emendas de bancadas estaduais. A alteração no valor reservado foi incluída no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 (PLN 15/2025), que ainda precisa ser votado.
O autor da instrução normativa PIN 1/2025 — que regula os procedimentos para apresentação de emendas das bancadas estaduais ao Orçamento de 2026 e prevê a elevação do fundo — é o deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL). Relator do Orçamento de 2026, ele argumenta que a mudança busca “corrigir o equívoco do Poder Executivo e possibilitar que o FEFC alcance o valor correspondente ao constante da LOA 2024”. Nas eleições daquele ano, o fundo eleitoral foi de R$ 4,9 bilhões — corrigido pela inflação, chegaria a R$ 5,4 bilhões.
Com a alteração, poderão ser retirados R$ 2,9 bilhões das emendas parlamentares, reduzindo de R$ 15,2 bilhões para R$ 11,2 bilhões a reserva para bancadas estaduais. O restante da ampliação do fundo será compensado por cortes em despesas não obrigatórias, ainda indefinidas. Nos bastidores, há expectativa de que o valor do fundo possa crescer ainda mais durante a votação do Orçamento.