terça-feira, outubro 28, 2025

Caos no Rio, com uma megaoperação policial que já causou 64 mortos


Rio vive cenário de guerra: CV lança bombas por drone; operação tem ao  menos 20 mortos - Portal Nosso Dia

Acossado, o CV respondeu utilizando drones com bombas

 

Carlos Newton

O governador Cláudio Castro admite que Estado teve ultrapassada sua capacidade de combater o crime e lamentou que pedidos de blindados das Forças Armadas foram negados. Mas integrantes do governo Lula rebatem Castro e negam que pedidos de colaboração tenham sido rejeitados

Os criminosos do Comando Vermelho usaram drones para lançar bombas durante a megaoperação. Entre mortos e feridos há pessoas inocentes, atingidos nos confrontos.

RIO PARADO – Em consequência da investida policial contra o Comando Vermelho, vias importantes tiveram interdições intermitentes, e transportes sofrem alterações

O Aeroporto Internacional do Galeão, na Zona Norte do Rio, segue funcionando normalmente, mas há interdições provocadas por criminosos nas vias de acesso ao terminal. Quem desembarca na cidade tem medo de deixar o aeroporto.

A microempresária Patrícia Nogueira, que voltava de férias com o marido e o filho de 4 anos em um voo de Curitiba, desembarcou no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) por volta das 14h30 e decidiu permanecer no terminal, sem condições de se deslocar.

PARA ONDE? – “Chegaram a me oferecer um táxi, mas vou pegar um táxi para onde?” — questionou Patrícia, moradora da Zona Sudeste, entrevistada pelo O Globo.

Ela relatou que, após esperar com a família na praça de alimentação, tentou se hospedar no hotel do aeroporto, mas o local já estava lotado por outros passageiros que também optaram por aguardar no próprio terminal até que a situação nas ruas fosse normalizada.

A Polícia Civil atualizou há pouco os principais números da megaoperação realizada no Complexo do Alemão e na Pena, na Zona Norte do Rio. Há informações de que ainda há confrontos em uma zona de mata da região.

DELEGADO MORTO – Até o final da tarde, foram registradas 64 mortes (de pessoas tratadas como suspeitas pela polícia), sendo 4 delas de policiais. Entre os mortos está um delegado. Há também 9 policiais feridos.

Foram apreendidos 75 fuzis com criminosos. Houve também 81 prisões.

Com poucos ônibus rodando no Rio, após as repercussões da megaoperação policial no Alemão, por conta de bloqueios em várias partes da cidade, quem busca transporte rodoviário no Centro tem dificuldades.

SEM CONDUÇÃO – Em frente ao terminal da Presidente Vargas, centenas de pessoas aguardam. Uma delas é a auxiliar administrativo Flávia Melo, se 47 anos. Ela conta estar no ponto desde às 16h aguardando um ônibus para Del Castilho, na Zona Norte. Flávia disse que o trem e o metrô, que seriam uma opção, estão cheios. Ela pensou na moto de aplicativo, mas os preços dinâmicos dispararam com a alta demanda.

— Tentei o trem e o metrô, mas tá muito cheio. O carro e a moto de aplicativo estão com valores altos. Uma corrida tá dando R$ 53. O jeito é esperar o ônibus. Costumo pegar as linhas 298, 292 ou 302, mas não passou nenhum desde às 16h. Estou há 40 minutos aqui — afirmou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – As informações são de O Globo, que revelam uma guerra civil, não declarada. Durante décadas, as autoridades deixaram o crime crescer, com a cumplicidade da Justiça, inclusive do Supremo, basta lembrar a soltura de André do Rap, um dos líderes do PCC, que está foragido há cinco anos. Agora, é preciso enfrentar as facções e milícias, mas ninguém sabe o que fazer. Brizola e Darcy Ribeiro construíram escolas. Os demais preferiram erguer presídios… (C.N.)