Nota da Redação deste Blog O mundo dá muitas voltas, e a lei do retorno, para muitos, nunca falha. A política e o Judiciário estão repletos de exemplos de que o poder, por mais absoluto que pareça, é efêmero. O próprio Chico Buarque já cantava essa esperança resiliente: "Apesar de você amanhã há de ser outro dia".
A ironia do destino se manifesta no Supremo Tribunal Federal (STF). A partir de 3 de outubro, a 1ª Turma do STF iniciará o julgamento dos embargos de declaração apresentados pelo senador Sergio Moro em uma ação penal por calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.
O detalhe que chama a atenção não é apenas o julgamento em si, mas a composição da Corte: um dos ministros que participará da decisão será Cristiano Zanin, advogado que foi alvo de diversas decisões de Moro durante a Operação Lava Jato.
Este cenário complexo reforça a ideia de que, na vida pública, o que se faz hoje pode ser julgado amanhã. É um lembrete contundente de que a toga, ou qualquer cargo de poder, não confere imunidade eterna.
Você acredita que o histórico de confrontos entre figuras públicas envolvidas em um julgamento afeta a percepção de imparcialidade por parte da população?