A segurança pública é um dos temas mais urgentes na sociedade contemporânea, mas muitas vezes as soluções apresentadas não atacam as causas profundas da criminalidade. O policiamento ostensivo, embora necessário para garantir a ordem, é apenas um paliativo diante de um problema estrutural: a violência e a criminalidade estão diretamente ligadas aos baixos investimentos em educação e à falta de qualidade no ensino.
Mais do que nunca, é fundamental compreender a educação, a cultura e o esporte como ferramentas essenciais para romper o ciclo de ingresso dos jovens no crime. Esses componentes não apenas contribuem para a formação cidadã, mas também servem como estímulos para a economia e a geração de empregos. Além disso, o controle sobre armas e munições deve ser rigorosamente retomado, a fim de reduzir o acesso a instrumentos que potencializam a violência.
Lideranças políticas responsáveis devem adotar estratégias eficazes para garantir a permanência dos jovens na escola. Programas que identificam alunos faltantes e tentam sanar suas dificuldades, são fundamentais para combater a evasão escolar. Jovens sem acesso à educação de qualidade e sem perspectivas profissionais tornam-se alvos fáceis para o crime organizado, que se aproveita da ausência do Estado para recrutá-los.
Uma política de segurança pública eficaz deve ser baseada em evidências. Estudos criminológicos indicam que a garantia de emprego e educação para os jovens, aliada à retirada de armas de circulação, são medidas comprovadamente eficazes na redução da criminalidade. A repressão, sem o devido investimento em políticas sociais, apenas posterga o problema, sem resolvê-lo de fato.
Portanto, enfrentar a criminalidade exige uma abordagem ampla e integrada, que vá além da mera repressão e foque em ações preventivas. O futuro de uma sociedade mais segura e justa depende do compromisso com a educação e com políticas públicas que garantam oportunidades reais para os jovens, impedindo que o crime se torne a única alternativa para sua sobrevivência.