domingo, fevereiro 23, 2025

Jeremoabo Paga um Preço Alto Pela Falta de Cultura e Pela Omissão dos Órgãos Fiscalizadores

                               Foto Divulgaçao - GETTY Imagens


Jeremoabo Paga um Preço Alto Pela Falta de Cultura e Pela Omissão dos Órgãos Fiscalizadores

A cidade de Jeremoabo tem enfrentado graves problemas ambientais e produtivos devido à falta de fiscalização e ao descaso das autoridades responsáveis pela proteção do meio ambiente. A impunidade reina em um cenário onde o desmatamento e o uso indiscriminado de agrotóxicos estão colocando em risco atividades econômicas essenciais, como a apicultura.

Recentemente, um cidadao jeremoabense expressou sua preocupação em uma mensagem que reflete a realidade local:

"Dedé, as melhores áreas para produção de mel em Jeremoabo foram transformadas em pasto, agravado pelo uso excessivo de veneno. A apicultura caminha, senão para a extinção, para uma redução significativa no município. Ainda ontem estive conversando com Mazinho sobre isso. Eu fui um dos maiores produtores de mel em Jeremoabo."

Essa situação revela a inércia dos órgãos fiscalizadores que, por seis anos, assistiram passivamente às queimadas e ao uso desenfreado de agrotóxicos sem qualquer ação efetiva para conter esses abusos. O Secretário de Meio Ambiente, cuja função é justamente proteger os recursos naturais e garantir um desenvolvimento sustentável, nada fez para impedir esse cenário de degradação.

A destruição das áreas favoráveis à produção de mel não impacta apenas os apicultores, mas também o equilíbrio ecológico do município. Abelhas desempenham um papel fundamental na polinização de culturas agrícolas e na manutenção da biodiversidade. Com a redução drástica das áreas de flora nativa, a tendência é um impacto negativo também na produção de frutas e outras culturas dependentes da polinização.

A pergunta que fica é: onde estavam os responsáveis por fiscalizar essas atividades? Por que durante tantos anos nada foi feito para conter esse avanço destrutivo? A resposta parece estar na cumplicidade e na ineficiência dos órgãos ambientais locais, que em vez de protegerem a população e o meio ambiente, permitiram a sua degradação em troca de interesses escusos.

O preço dessa omissão já está sendo pago, e se nada for feito para reverter esse cenário, o futuro ambiental e econômico de Jeremoabo estará gravemente comprometido. Cabe agora ao novo governo e às autoridades competentes tomarem medidas urgentes para proteger o que resta e promover a recuperação das áreas devastadas, garantindo um desenvolvimento equilibrado e sustentável para as futuras gerações.