21/02/2025
63 Anos Sem Zé Rufino:
A Memória de Um Ícone Que Ainda
Vive Na História
Fonte; JVPORTAL / JEREMOABO TV
RP: 9291/BA
O Coronel Zé Rufino foi um dos mais temidos e
eficientes comandantes de volante na luta
contra o cangaço no sertão nordestino.
Com uma história marcada pela perseguição
incansável aos cangaceiros, ele se tornou
uma figura emblemática no combate a
Lampião e seu bando, sendo responsável
pela neutralização de diversos integrantes
do cangaço em Jeremoabo e região.
Nascido no sertão pernambucano de São
José de Belmonte em 20/02/1906, veio a
falecer na mesma data de nascimento em
Jeremoabo em 20/02/1969. Zé Rufino construiu
sua reputação como um homem de coragem e
estratégia, liderando volantes que patrulhavam os
sertões em busca de bandos armados. Sua
atuação se destacou por sua disciplina,
conhecimento do terreno e pela forma implacável
com que enfrentava os cangaceiros.
Em Jeremoabo, cidade historicamente ligada ao
cangaço, Zé Rufino participou de emboscadas
e combates que resultaram na captura e morte
de diversos cangaceiros famosos. Seu nome ficou
gravado na memória local como um dos principais
protagonistas da época em que o sertão vivia sob
a sombra do cangaço.
Apesar de ser visto como herói por muitos, sua
história também é cercada de controvérsias.
Assim como outros comandantes de volante,
seu método de combate era severo, muitas
vezes letal, refletindo a brutalidade dos confrontos
entre as forças policiais e os cangaceiros.
A atuação de Zé Rufino no combate ao cangaço
ajudou a modificar a dinâmica da região, contribuindo
para a pacificação do sertão após a morte de
Lampião em 1938. Seu legado permanece na história
de Jeremoabo e do Nordeste como um símbolo da era
das volantes e do fim do cangaço organizado.
Neste 20 de fevereiro de 2025, o Patrono da CIPE
Caatinga Cel Pm José Osório de Farias conhecido
como “Coronel Zé Rufino” completou 63 anos de sua morte.
O mesmo foi sepultado no Cemitério São João Batista na
cidade de Jeremoabo/Ba, onde o mesmo morava.
Uma Luta por Justiça e Reconhecimento
O Capitão PM Caatinga Juazeiro/Ba. Érico Carvalho, Flávio
Passos e Jovino Fernandes entre outros, estão unidos em
uma causa nobre: a construção do túmulo no Cemitério
São João Batista de Jeremoabo/BA, de um grande defensor
da sociedade que, infelizmente, foi esquecido ao longo do
tempo. Esse homem, que dedicou sua vida à proteção e
ao bem-estar da comunidade, merece nosso respeito,
nossas homenagens e o devido reconhecimento por sua
trajetória de dedicação e coragem.
Não podemos permitir que sua memória se apague.
É fundamental que a sociedade se una a essa iniciativa,
valorizando aqueles que tanto fizeram por nós. Honrar sua
história é um ato de gratidão e justiça!
Deve-se ressaltar, que existe um Projeto que foi
elaborado para captação de recursos e, que em breve será realizado.
JEREMOABO TV - JUNTO A VOCÊ !!!
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Nota da redação deste Blog - O Esquecimento de Zé Rufino na História de Jeremoabo
Enquanto em Jeremoabo vereadores nomeiam ruas de maneira graciosa e ilegal em homenagem a pessoas ainda vivas, não há sequer uma via que carregue o nome do Coronel José Rufino, figura marcante da história local. Além disso, o túmulo do coronel encontra-se deteriorado, dependendo apenas da boa vontade dos moradores para ser recuperado e reconstruído. Esse descaso representa mais um capítulo da história de Jeremoabo sendo jogado no lixo.
A História de Zé Rufino e o Cangaço
Muito além de Lampião e Corisco, o cangaço nordestino foi marcado por diversas personalidades, entre elas José Osório de Farias, conhecido como Zé Rufino. Diferente de outros nomes do período, sua trajetória começou longe do crime e da violência.
Zé Rufino iniciou sua vida como sanfoneiro, ganhando notoriedade no Nordeste. No entanto, ao recusar convites de Lampião para integrar seu bando, percebeu que não poderia mais viver tranquilamente apenas da música. Ele então se mudou para a Bahia e ingressou na Polícia Militar, onde rapidamente ascendeu ao posto de tenente.
O Enfrentamento ao Cangaço
Já famoso como oficial, Zé Rufino se tornou um dos principais inimigos do cangaço. Em 1938, Lampião planejou sua execução, mas antes que pudesse agir, ele e seu bando caíram em uma emboscada de João Bezerra, resultando em sua morte. Em retaliação, Corisco, tomado pela raiva, vingou Lampião de maneira brutal, assassinando inocentes.
O Descaso com a Memória de Zé Rufino
Apesar de seu papel na história do cangaço e sua ligação com Jeremoabo, Zé Rufino não recebe a devida valorização. Diferentemente de outras figuras históricas, seu nome não é lembrado em ruas ou homenagens oficiais da cidade, e até seu túmulo sofre com o abandono. A negligência das autoridades e o esquecimento de sua importância refletem a falta de respeito pela história e cultura local.(https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/de-sanfoneiro-policial-militar-ze-rufino-o-cacador-de-cangaceiros.phtml