terça-feira, janeiro 28, 2025

Popularidade despenca e Lula já vê ameaçada sua reeleição em 2026


QUEDA DE POPULARIDADE - Jônatas Charges - Política Dinâmica

Charge do Jônatas (Política Dinâmica)

Josias de Souza
do UOL

A nova pesquisa Quaest cai sobre o Planalto como uma tempestade perfeita. Desde dezembro do ano passado, a taxa de aprovação do trabalho de Lula caiu cinco pontos. O índice de desaprovação do desempenho do governo subiu seis pontos. Pela primeira vez, o percentual dos brasileiros que avaliam Lula e seu governo de forma negativa superou a avaliação positiva.

O alarme da impopularidade deixa o governo perplexo. A perplexidade é notada pelos brasileiros. Para 50% dos entrevistados, o Brasil está na direção errada. Para 65%, Lula não tem conseguido entregar o que prometeu na campanha.

TEMPESTADE PERFEITA – Para complicar, a polêmica do Pix salta da pesquisa como uma espécie de iceberg no qual o Planalto bateu. Dois em cada três brasileiros (66%) avaliam que o governo mais errou do que acertou na crise.

A tempestade é perfeita porque troveja índices ruins sobre nichos do eleitorado tradicionalmente simpáticos a Lula. A avaliação positiva do governo recuou 11 pontos no Nordeste.

A avaliação negativa da gestão Lula subiu dez pontos entre os brasileiros que cursaram até o ensino médio. A corrosão foi de nove pontos entre as mulheres e os que ganham de dois a cinco salários mínimos.

TEMAS INDIGESTOS – Para seu desassossego, Lula não consegue levar à vitrine nada que se pareça com solução para dois temas que roem a paciência do eleitorado: a inflação e a violência.

Declaram-se insatisfeitos com o preço dos alimentos 83% dos entrevistados. E a violência escalou pela primeira vez o topo do ranking das maiores preocupações do brasileiro, à frente da economia.

Com popularidade no vermelho e o governo atônito, Lula vê seu plano político para 2026 subindo no telhado. A situação só não é pior porque a única novidade no campo da oposição foi o lançamento da fórmula Bolsochelle —Michelle para presidente, com Bolsonaro na chefia da Casa CiviL